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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ah! se o merthiolate fosse incolor.

Política e Cultura

Não sei se vocês sabem, mas o merthiolate original era incolor. Como as pessoas na época achavam que algo que não tinha cor não trataria as feridas, a empresa colocou tintura e ele ficou vermelho. Passados muitos anos, como as pessoas não queriam usá-lo pois a cor manchava roupa e era feio, a empresa retirou a tintura e lançou a grande novidade, o mercúrio incolor, por isso mais caro. As pessoas pagavam mais, satisfeitas por verem que o "novo" produto atendia a sua demanda. Eu somente decobri isso depois, na escola de medicina, tendo achado muito legal o "novo" merthiolate.
Conto isso porque esses dias aconteceu de certo modo a mesma coisa comigo e acredito com muitas pessoas. Todos acompanhamos os fatos em torno da denúncia da ex-secretária da receita federal Lina Vieira. Do modo que foi apresentada parecia ser uma pessoa de origem técnica, que por não ter aceito a ordem (?) que recebera teria sido demitida.
A Veja de duas semanas atrás trouxe uma reportagem informando que a ex-secretária foi escolhida por ser do partido e que teria feito grandes mudanças na receita, com uma intensa politização do órgão federal. As demissões teriam sido exatamente de seus partidários, motivados por razões políticas e não técnicas.
Em qual das versões acreditar? Ou de outro modo, como avaliar a situação com todos esses dados? Certamente nenhum de nós quer pagar mais caro o merthiolate da vez, vendido pelos meios de comunicação.
Em política é fundamental aprender essa capacidade crítica, pois precisamos nos informar ao máximo, porém chegando ao fim em uma conclusão que nos leve a uma ação condizente com a mesma.
Criamos o nosso grupo, o GPC, exatamente para nos ajudarmos neste trabalho crítico e inovador na política. Se você pensa como nós e quer a participar mande-me um email para que façamos contato.

A Gripe Suína (Influenza A H1N1) continua por aí. A conclusão no momento é que a mortalidade foi muito menor do que as estimativas (felizmente!!!), mas devemos aguardar para ver se não ocorre uma nova epidemia por mutação do vírus (esperamos que não!!!). A Gripe é outro exemplo de como a nossa opinião é forjada pelos meios de comunicação.
O tipo de cobertura dada na imprensa de modo geral, fez com que a maior parte da nossa população temesse muito mais do que era a realidade da doença.

Ler é preciso, mas avaliar é mais ainda.

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