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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

2010 ano político

POLITICA E CULTURA

2009 acaba em dois dias. O que aprendemos com ele?

Foi um ano importante para confirmação do Brasil como potência emergente. Será que é possível sentirmos efeitos disso no nosso dia-a-dia. Penso que a maioria diria não. Nós pensamos que sim. Porém, não podemos nos enganar que não temos muitos problemas a resolver, na sua maioria no campo social.

Muitas vezes escutamos que o atual governo do Brasil tem um grande trabalho no campo social. Há informações de que o Bolsa Família trouxe resultados de aumento de renda da população mais carente. Ótimo ponto para ser elogiado. Existem duas ressalvas necessárias. Este programa não foi invenção do Lula nem de seu governo, pois esta política é uma proposta do Banco Mundial chamada renda mínima, e já vinha sendo praticado no Brasil. O Governo Lula tinha colocado toda sua propaganda eleitoral e de início de governo no Fome Zero (lembra dele?). Este patinou por vários motivos, e os programas do renda mínima do Fernando Henrique foram aglutinados num único programa que recebeu da primeira para a segunda gestão do Lula um grande reforço de financiamento. Não há mais o que falar em termos de programa solcial do atual governo. Será que o governo pensa que somente a mudança econômica ocasionará a resolução do nosso problema social?????
De qualquer forma na nossa visão não. Se não colocarmos a questão da educação como a maior de todas a prioridades, somente a economia não trará a resolução de todos os nossos problemas sociais, aliás será um entrave para o mesmo desenvolvimento social. Este é o primeiro ponto que consideramos ser necessário avaliar no debate político de 2010, se é que vai haver debate político, esperamos que sim.

O outro ponto que consideramos na avaliação do debate pólítico do ano que vem é o tema da sociedade e estado. em várias de nossas postagens temos tratado deste tema. existem duas posições tradicionais: liberalismo e estatismo.
O Liberalismo de um lado diz que o estado deve interferir o mínimo possível, que as forças econômicas da sociedade por si só levarão ao desenvolvimento social. Apesar de que o PT acusa o PSDB de neoliberal (terminologia alcunhada para designar as propostas da primeira-ministra Margareth Tatcher), é difícil dizer que no Brasil exista alguém totalmente liberal. A social-democracia em tese defende algum grau de intervenção do estado, para garantir o chamado estado do bem-estar (welfare state).
O Estatismo de outro lado considera que não é possível desenvolvimento social sem intervenção do estado, em maior (comunismo) ou menor (social democracia) grau.
Levados aos extremos tanto um quanto o outro tende a desconsiderar a sociedade em si, suas forças de desevolvimento.

Por isso somos a favor da posição do Ensino Social Cristão (ESC) que coloca o ponto em termos de Subsidariedade, que é um antigo preceito que diz que se uma sociedade menor (comunidade) pode realizar uma tarefa, cabe a sociedade maior (estado) apoiá-la e não substitui-la.
No Brasil somos um povo estatista, como mostrou recente pesquisa divulgada na folha de 12 de dezembro de 2009 (B10) na seção mercado aberto. Ali diz que em uma pesquisa realizada em 27 países os brasileiros são os que mais defendem uma intervenção do estado na economia (87%). Não é por menos que o vice do Lula é um grande empresário brasileiro e que num dos seus discursos de campanha defendeu o estatismo como nenhum petista ou comunista teria feito.
A subsidariedade toma em consideração que em primeiro lugar está a sociedade e sua capacidade de se organizar e dar respostas aos seus problemas. O Estado deve ser capaz sim de apoiá-la e reponder as suas necessidades. O capital numa visão do ESC deve agir do mesmo modo buscando não um lucro desenfreado mas colaborando para o pleno desenvolvimento dos cidadãos que estejam no seu campo de atuação.

Esses são os dois temas fundamentais para o GPC acompanhar o debate e o ano político de 2010: educação e susidariedade. Venha com a gente.



terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pessoa, nem indivíduo, nem coletivo

POLÍTICA E CULTURA

Esta semana a revista VEJA trouxe uma série de reportagens cujo mote fundamental é o indivíduo em contraposição ao coletivo. Parte de uma constatação bastante óbvia que as ações coletivas são insuficientes sem a participação do indivíduo. Cita como exemplo a limpeza urbana, trazendo a fala do prefeito do Rio de Janeiro de que a limpeza da cidade seria mais eficiente se os cidadãos sujassem menos.
Um outro exemplo no mesmo sentido é a Dengue. Se todas as pessoas mantivessem os seus ambientes livre de água parada não haveria a doença. E aliás, estaremos dentro em breve preocupados com ela novamente.

A questão é o que faz com que um indivíduo se interesse pela coletividade? Claro como ele está inserido na coletividade, seria um interesse por ele mesmo. Cada um pode pensar em muitos exemplos de situações onde o nosso vizinho foi chamado a participar e não participa. Porque isso ocorre?

Do modo como nós concebemos (GPC) a questão social isso ocorre pelo próprio fato que hoje em dia se fala em indivíduo e não em pessoa. Qual a diferença?

O indivíduo é alguém entendido em separado do resto, na sua singularidade. Mas numa concepção cristã do homem não existe um indivíduo separado da coletividade, porque o homem é pessoa, ou seja a sua singularidade está vinculada a singularidade de todos homens a começar daqueles mais próximos. Eu não posso pensar a minha vida em separado dos outros porque desde o nascimento eu fui colocado num grupo, em relação com outros. A pessoa é um ser em relação, não posso dizer quem sou sem me reportar aos meus relacionamentos.

A liberdade não é algo que rompe os laços, pelo contrário os fortalece, porque é nas relações pessoais que ela cresce. O meu bem está ligado ao de todas as pessoas, a começar das mais próximas.

Assim, claro não é possível que as ações coletivas tenham sucesso sem a participação dos indivíduos, porém essa não irá acontecer enquanto esses indivíduos não se entenderem como pessoas, ou seja, alguém cujo bem desejado está ligado a construção de um bem que é de todos. Não adianta dizer para os outros que eles precisam participar mais. Ou eles percebem que essa ação é um bem para ele ou ele não participará de nada.

Por isso defendemos como nossa ação a Política baseada na Cultura, porque a política somente deixará de ser algo em quem ninguém confia quando os motivos pelos quais se faz política forem fundamentados numa cultura da responsabilidade, no qual o bem que se busca é o bem de todos, incluindo o meu.
Somente haverá política de verdade quando os políticos forem pessoas de verdade e não indivíduos, cujo principal interesse é o meu bem, que não necessariamente tem a ver com o bem do outro
Se você está interessado em construir essa política entre em contato com a gente e vamos caminhar juntos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

APAGÃO, MAS NA POLÍTICA

POLÍTICA E CULTURA

A semana passada e esta foi tomada na imprensa pelas discussões em torno do apagão. Após, um período onde o assunto foi sobre a "dona da minissaia", nesta o assunto foi a falta de energia elétrica que levou 18 estados brasileiros a escuridão completa ou parcial.
Fato é que, até o momento, não foi dada uma explicação técnica que fechasse o assunto.

O que chamou a minha atenção é como a oposição rapidamente entrou no ataque da candidata, ou melhor, da ministra Dilma Roussef (e depois falam que tem período eleitoral) e o governo ao invés de querer um debate sério sobre o assunto, procurou blindar a ministra e voltou ao ataque do apagão da oposição, que na época era situação (FHC, PSDB, DEM).

A revista Veja dessa semana traz uma matéria sobre o assunto, na qual fica claro que não existe, até agora, uma explicação completa para o ocorrido. Porém, cita uma frase da ministra em março /2009 onde ela dizia que apagão é problema de planejamento e não de mau tempo, e outra da semana passada onde disse que tudo ocorreu por causa de mau tempo que é um fator não planejável. Evidentemente no primeiro caso ela se referia ao apagão do FHC e no segundo caso ao apagão do Lula.
Do mesmo modo, a oposição de hoje se defendia na época em que era situação da oposição na época que hoje é a situação.

Evidentemente esse discurso não tem em nenhum momento nenhuma preocupação com o povo seja ele dono de uma televisão ou de uma empresa. Evidentemente o problema é de planejamento, porque sempre é. Se em uma determinada região existe um risco de ter tempestades que alterem as linhas de transmissão, esse não ocorreu semana passada e deveria ter sido planejado. Bem como se uma seca (era FHC) ocasionou o racionamento não foi de uma hora para outra e deveria ter sido planejado.
Esse planejamento que busca evitar ao máximo os problemas conhecidos somente ocorrerá se na política o seu centro de interesse for o povo e não o do presidente, dos ministros, dos senadores e dos deputados.

Esse discurso é o que nós chamamos de ideologia, em contraposição a cultura. A ideologia parte de algo que tem que ser defendido (o meu interesse ou de meu grupo), mesmo que não tenha nada a ver com a realidade (ou seja com o povo). O que interessa é defender (ou atacar) a minha turma (quer dizer o meu e o interesse deles), mesmo que seja com uma mentira (ou seja algo que não faça o bem para o povo). Não há espaço para a verdade que coincide com um olhar para o que acontece e não para o que eu quero que seja.

A cultura é o espaço social onde o povo vai coletando observações da realidade (da verdade) e construindo uma trama de conhecimento que dá base para a continuidade da sua vida como povo. Não tem nada a ver com essa política que esta aí.

A política que propomos tem a ver com a cultura, porque queremos que o povo seja o centro, seja o objeto único de interesse da nossa ação social e política. Isso é algo a ser construído e esperamos contar com você. Venha junto com a gente.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A política tem jeito? Tem, a imprensa não sei!

Política e Cultura

Esta semana comemora-se vinte anos da queda do muro de Berlim. Sem dúvida um fato significativo na história da construção da democracia.
Ontem circulou a informação que a UNIBAN resolveu expulsar a aluna que foi agredida, por mau comportamento. Está havendo uma série de manifestações contrárias a atitude da universidade na imprensa.
Como comentamos já aqui em postagem anterior a visão da mídia é o modo como a maior parte de nós vemos os fatos, até porque hoje podemos ficar sabendo de um fato recem ocorrido e que certamente nos faltarão elementos para julgá-lo de modo adequado.

Em relação ao muro de Berlim, evidentemente um fato de relevância, podemos nos perguntar: quantos muros de Berlim continuam existindo hoje e que são esquecidos? Vejam o caso da China um dos poucos países ainda comunista, quando se trata do modo como é organizada a vida do povo, existem só os seus não direitos. É porém, o mais capitalista de todos quando se pensa nos lucros que tem sido conseguido pelo modelo econômico real adotado lá, mas que evidentemente não vale para melhorar o nível de liberdade do povo.
O povo brasileiro pobre tem muros não de tijolos que o isolam do restante dos benefícios sociais. Este muro é feito de pobreza, drogas e violência.

Vamos ver quantas vezes esta semana os muros não derrubados aparecerão na imprensa.

Quanto ao caso da aluna, entre os aspectos comentados um que me chamou a atenção foi quanto ao espaço de debate que a universidade deveria ser. De fato a universidade é uma ausência total. Duvido que esta semana será discutido o significado do Muro de Berlim, muito menos ainda dos muros não caídos. Porque a universidade está assim? Porque quando havia menos liberdade havia maior participação? O que de fato aconteceu lá na UNIBAN, até agora não entendi. Sei que a juventude que está envolvida nos fatos não tem na universidade um real espaço de crescimento humano. Vê-se pelas notícias que relatam os fatos ocorridos.

A posição que defendemos frente a notícias que nem sempre compreendemos é nos atermos aos fatos conforme é possível captá-los: que a queda do muro de Berlim é um fato a ser comemorado não resta a menor dúvida, pois de fato era um real impedimento do ir e vir, direito que qualquer pessoa deveria ter garantido.
Que uma pessoa independentemente de seu comportamento ou convicções deve ser respeitada porque a sua dignidade não vem do seu comportamento, mas de sua condição de homem, de ser humano, deve ser um critério constante de luta de qualquer pessoa interessada no bem do povo e na democracia.

Porém, se uma pessoa deve ser respeitada como ser humano pelo regime ou pelos colegas, o que de dizer dos pobres da nossa sociedade ou dos chineses ou dos cubanos. A possibilidade que a política se comprometa com qualquer causa e não somente com aqueles que estão de acordo com minha ideologia vem do fato que a raiz da política seja de fato o homem real com suas necessidades concretas.

Talvez assim a política tenha jeito, a imprensa? Bom essa já é um outro caso.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

POLÍTICA É SERVIÇO

POLÍTICA E CULTURA

Domingo retrasado a leitura da missa foi retirada do Evangelho de São Marcos capítulo 10 versículos de 42 a 43. Dizia que os poderosos governam e abusam do povo, mas que entre seus discípulos não deveria ser assim. Aquele que quisesse ser o primeiro, entre eles, deveria servir a todos.
É impossível não colocar-se diante dessas palavras pensando como também hoje a política normalmente não é feita para o povo, mas para o poder daqueles que governam. Somente haverá uma verdadeira política no sentido cristão quando as pessoas fizerem essa atividade como serviço ao outro.
Por isso motivo nós do Grupo Política e Cultura (GPC) colocamos como fundamental do nosso trabalho a proposta de uma cultura nova, onde a solidariedade e ajustiça social seja a nossa marca.
Ao lado, estamos disponibilizando o texto de Luigi Giussani, que tem nos servido de referência para esse trabalho e que se você quiser debatê-lo conosco entre em contato no meu email. Venha particpar de nossa próxima reunião.
Somente um movimento social assim, como fala Giussani neste texto, pode ser base para uma política e um estado de fato voltados para o bem do povo.

Esta semana como consequência dos fatos ocorridos no Rio de Janeiro no final de semana retrasado, onde a violência foi a marca maior na luta de gangues do tráfico, apareceram vários artigos da imprensa destacando que é necessário e possível fazer alguma coisa para enfrentar essa verdadeira vergonha nacional.
O que me chamou a atenção como uma marca comum entre estes artigos é a relação feita entre estes fatos e os eventos esportivos que ocorrerão nos próximos anos na cidade. De como se os governos não resolverem esta questão, existe um risco de fracasso desses eventos.

Ainda que concordemos com importância que a Copa e as Olímpiadas podem representar para o país, como desenvolvimento econômico e até social, não podemos deixar de notar como a frase de Cristo no evangelho é verdadeira ainda hoje. O problema do tráfico e da violência com ele associada somente nesses momentos interessa aos poderosos. O fato que nessas vilas existam muitos de nossos irmãos que tem a sua vida desgraçada por esta chaga a tantos anos não tem iteressado a eles0.

Vale o peso do poder econômico, mas não a vida de nossos irmãos.

Sabemos que não é um problema de fácil solução, mas que deve ser enfrentado por todos nós, especialmente por aqueles que fazem um trabalho político ou social, porque milhares de pessoas em nosssas cidades sofrem diariamente e isso é uma grande injustiça nossa com elas.

Façamos das palavras do Cristo as nossas: que a nossa política seja de verdade um serviço aos irmãos, em especial aqueles mais necessitados, e que hoje vivem nas vilas das nossas cidades.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ÉTICA. ÉTICA. ÉTICA NO BRASIL?

POLÍTICA E CULTURA

Este domingo a Folha de São Paulo publicou uma pesquisa no caderno Mais, intitulada "Retrato da Ética no Brasil", da qual se depreende que no nosso país nesse assunto vale mais o faça o que eu falo e não o que eu faço.
Exemplos citados no jornal: "79 % do entrevistados dizem que os brasileiros vendem voto. 33% não é possível fazer política sem um pouco de corrupção. 12 % eu aceitaria dinheiro para vender meu voto."
Em outro trecho da publicação: "para brasileiro corrupção é sinônimo de política. "

Neste mesmo dia antes de ter lido o jornal, passeando pela Lagoa da Pampulha mais uma vez fui forçado a fazer uma reflexão que já fiz muitas vezes. Um menino de cinco para sete anos andava com um coco junto com sua mãe que observava a lagoa. O menino acabou deixando o coco cair a poucos passos de um lixo. A mãe não fez qualquer menção de orientá-lo a não fazer aquilo e pegar o coco ou fazê-lo pegar (depende de como cada um educa seu filho) e colocar o lixo no lixo. Evidentemente os exemplos deseducativos dos pais em relação a seus filhos são muitos, em todas classes sociais. Evidentemente esse menino terá grande chance de, quando adulto, repetir isso.

Conversando outro dia com um jornalista, ele me disse que muitas vezes quando alguém reconhece-o em público, imediatamente pergunta se não pode dar uma ajuda para tirar carteira, sem exame evidentemente.

Poderiamos citar, ainda, muito outros exemplos. O que quero dizer é que para uma ética de verdade em primeiro lugar estou eu e meus próximos (família e comunidade a que pertenço). É muito fácil dizer que os políticos são corruptos (porque muitos deles fazem questão de dar exemplos todos os dias), porém é preciso reconhecer que na correção do problema, e principalmente em viver de modo ético, sou eu que estou em primeiro lugar.

Por isso insistimos que a política, a questão ética na sociedade, somente se resolverão pela cultura, ou seja aquele espaço de sociedade onde vivo e que essa mudança de postura diante da vida, dos outros com quem convivo no trabalho ou na vizinhança, tem de ser uma realidade hoje. Esse processo evidentemente é educativo, por isso temos sempre apontado aqui que entre todas as prioridades sociais a maior é a da urgência educativa.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

E ai doutor, esse Lula está certo?

Política e Cultura

Outro dia fui questionado deste modo por uma colega de trabalho, a auxiliar de enfermagem do ambulatório onde trabalho. Resolvi escrever sobre isso, porque um tema quando chega a tornar-se assunto de conversa no trabalho é porque atingiu o povo de fato. Evidentemente o tamanho da dificuldade na qual o Brasil se meteu na área diplomática é muito grande. Isso foi uma ação de um microimperialismo como fala a Veja desta semana? Debater esse tema ajuda a expor mais o método do trabalho político que nós do GPC propomos.

Em primeiro lugar sobre o mesma tema é possível identificar na imprensa opiniões divergentes. evidentemente isso ocorre dependendo de qual é a posição daquela determinada pessoa a respeito de um certo tema, previamente ao fato que está sendo analisado. Isso chama-se ideologia: se a opinião é de alguém partidário do governo Lula, essa foi uma ação de alto nível político e de diplomacia, que serviu para aumentar o papel do Brasil no cenário internacional. Se é de alguém contrário ao governo Lula, essa foi uma lambança política e diplomática, que nada ajuda o Brasil.

Nós do GPC propomos olhar para os fatos, ou seja, para experiência real, buscando julgá-la com o critério que coloque a pessoa ( a nossa e de todos os envolvidos, em primeiro lugar). A pessoa aqui é a pessoa real, concreta, com seu desejo de felicidade e realização. Sendo assim, não importa se o governo fez uma ação planejada com o próprio Zelaya ou se ele bateu na porta da nossa embaixada em Tegucigalpa. O que importa é como o que está de fato ocorrendo interfere com as pessoas do povo, o primeiro atingido com qualquer ação política.
Nós não podemos concordar com golpes de estado, nem mesmo com interferência de potências grandes ou pequenas na auto-determinação dos povos.

Sendo assim, olhando o fato como uma ação da diplomacia brasileira, visando uma ação política contrária a um golpe de estado, todos temos de ser favoráveis. É evidente, porém, que nunca se justifica quando isso deixa de ser diplomacia e passa a ser exercício do poder maior que eu tenho. O Brasil caso quisesse ter agido diplomatica e democraticamente deveria ter agido antes, que de qualquer modo não estaríamos na situação que estamos, que é o pior dos mundos. A violência pode somente aumentar e consequentemente quem sofrerá será o povo de Honduras, e o mais pobre desse.
Tendo acontecido a chegada de Zelaya a porta da nossa embaixada, certamente não poderíamos expulsá-lo, não contribuiria para melhorar a situação, mas o que fazer? Não vemos no momento acontecer da parte brasileira nenhuma ação verdadeiramente democrática. O governo brasileiro não pode falar não falo com golpistas, porque é o governo instalado (ainda que não democrático). Imagine se outros países falassem não falo com governos envolvidos com corrupção, em que o legislativo está envolvido com corrupção, será que nós brasileiros acharíamos correto?
Considerando a situação, a única saída é o diálogo e a disposição de cada parte, grupo Micheletti e grupo Zelaya, de perder algo que já tenha conquistado. É isso, que o governo brasileiro deveria exigir do seu hóspede, que mais parece o dono da casa. Isso está evidentemente equivocado. Eu dou para você essa acolhida, mas o que você está disponível a deixar por um menor sofrimento do seu povo. Para o governo instalado ainda que por um golpe, eu me retiro do processo, mas quais as condições que me oferece?


Evidentemente todos estes fatos se dão no real e não aqui nesse espaço que eu escrevo, mas sem um critério que privilegie o povo, as pessoas concretas, qualquer ação conduzirá a situações políticas que somente servirão para aumentar o sofrimento das pessoas, que é algo deve ser sempre evitado, mesmo que naquela situação exista um conjunto de problemas com os quais eu não compartilho. Em primeiro lugar é a pessoa, diminuir o seu sofrimento é sempre a primeira coisa a ser buscada em qualquer ação política.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

BRASIL E EUA: quem é melhor?


POLÍTICA E CULTURA

Na Veja de semana passada foi feita uma análise de como o mundo e, especialmente, o Brasil sairá da Crise. Entre os artigos um muito interessante é o que faz a comparação da evolução dos países da América Latina com EUA e Canadá( Em busca do tempo perdido de André Petry - edição 2130 - revista Veja - 138 a 144) quanto aos motivos que levaram a diferença de riqueza entre eles. Neste artigo é mostrado o gráfico acima que informa que América Latina e Brasil tinham PIB per capita igual ou próximo à EUA e Canadá até o início do século XIX. A partir de então há um crescimento totalmente diferenciado fazendo que dois séculos depois a diferença fosse tal, que o PIB per capita deles é 5 vezes maior que o nosso.
Apresenta e discute todas as hipóteses do porque da existência desse fosso, analisando as razões sociais, culturais (inclusive as diferenças religiosas muitas vezes citadas) e econômicas. Conclui citando o que considera os dois principais fatores:
Educação do Povo: "Entre os economistas, sociólogos e historiadores, há controvérsia sobre os fatores decisivos para o desenvolvimento, mas existe o consenso de que, sem educação, não há avanço"
Intituições políticas e econômicas - democracia: "Eis um favor decisivo: instituições, para produzir efeito, precisam ser absorvidas. Sem a intermediação da política, elas não desabrocham".

Ainda que não concordemos com todas opinões citadas nestes artigos (leia e faça sua opinião e a escreva para mim) consideramos fundamental a importância dada a educação e a política (democracia). Porém, os artigos pecam num ponto que temos levantado neste blog e que é motivo da enquete ao lado, de que se estamos saindo, é da crise econômica, mas da crise ética (ou seja dos valores, da cultura) que levou a esse consumo desenfreado estamos longe até de compreendê-la. Sendo assim, a educação é fundamental, porém não existe povo educado sem que haja na base uma concepção de homem que a sustenta, ser educado é ser humano, mas isso não se compreende mais em nossos dias.
Quanto a política, evidentemente não é possivel uma política que seja uma real contribuição para o povo se não há homens (alguém que considera que o seu bem está no bem do outro por exemplo), e a existência de homens está vinculada a cultura que é o chão onde ele cresce.

Por isso, propomos política e cultura, ou seja, uma política que nasça de uma cultura verdadeiramente cristã, fraterna e social, como a nossa forma de contribuirmos ao desenvolvimento social e político de nosso país.

Hoje é o início da primavera, mas também dia internacional da paz. Que este início da época do ano na qual florescem as flores, seja o início dessa flor que todos queremos, A PAZ, que é fruto da justiça, que não é possível sem uma ação política verdadeira e engajada de todos nós.

Venha participar conosco.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ah! se o merthiolate fosse incolor.

Política e Cultura

Não sei se vocês sabem, mas o merthiolate original era incolor. Como as pessoas na época achavam que algo que não tinha cor não trataria as feridas, a empresa colocou tintura e ele ficou vermelho. Passados muitos anos, como as pessoas não queriam usá-lo pois a cor manchava roupa e era feio, a empresa retirou a tintura e lançou a grande novidade, o mercúrio incolor, por isso mais caro. As pessoas pagavam mais, satisfeitas por verem que o "novo" produto atendia a sua demanda. Eu somente decobri isso depois, na escola de medicina, tendo achado muito legal o "novo" merthiolate.
Conto isso porque esses dias aconteceu de certo modo a mesma coisa comigo e acredito com muitas pessoas. Todos acompanhamos os fatos em torno da denúncia da ex-secretária da receita federal Lina Vieira. Do modo que foi apresentada parecia ser uma pessoa de origem técnica, que por não ter aceito a ordem (?) que recebera teria sido demitida.
A Veja de duas semanas atrás trouxe uma reportagem informando que a ex-secretária foi escolhida por ser do partido e que teria feito grandes mudanças na receita, com uma intensa politização do órgão federal. As demissões teriam sido exatamente de seus partidários, motivados por razões políticas e não técnicas.
Em qual das versões acreditar? Ou de outro modo, como avaliar a situação com todos esses dados? Certamente nenhum de nós quer pagar mais caro o merthiolate da vez, vendido pelos meios de comunicação.
Em política é fundamental aprender essa capacidade crítica, pois precisamos nos informar ao máximo, porém chegando ao fim em uma conclusão que nos leve a uma ação condizente com a mesma.
Criamos o nosso grupo, o GPC, exatamente para nos ajudarmos neste trabalho crítico e inovador na política. Se você pensa como nós e quer a participar mande-me um email para que façamos contato.

A Gripe Suína (Influenza A H1N1) continua por aí. A conclusão no momento é que a mortalidade foi muito menor do que as estimativas (felizmente!!!), mas devemos aguardar para ver se não ocorre uma nova epidemia por mutação do vírus (esperamos que não!!!). A Gripe é outro exemplo de como a nossa opinião é forjada pelos meios de comunicação.
O tipo de cobertura dada na imprensa de modo geral, fez com que a maior parte da nossa população temesse muito mais do que era a realidade da doença.

Ler é preciso, mas avaliar é mais ainda.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

E se não houvesse juiz de futebol?!!!

Política e Cultura

Estes dias estive pensando que se assumissemos as nossas responsabilidades, uma profissão que acabaria seria a de juiz de futebol. Tudo o que ele vê é visto pelos jogadores e técnicos que, inclusive, são os que realizam as atividades para as quais é necessária a opinião do juiz. Comecei a pensar sobre isso quando vi a notícia, que após uns quatro anos, se não me engano, aquele juiz (Edilson?) vai ser julgado. Colocaram imagens dele com terço no pulso beijando um santinho. Nada mais hipócrita. Aí vai que comecei a pensar nesse evidente devaneio, pois nós não assumimos as verdades do futebol. Será que assumimos as verdades da vida??

Este momento (que já dura não sei quanto tempo) é de profunda revolta da maior parte das pessoas, pelo menos da minha convivência, porque a maioria de fato me parece estar completamente alheia a isso. Onde está o problema? Qual a solução?

Estes dias a imprensa trouxe informação que a mortalidade que ocorrerá entre jovens será fundamentalmente violenta (é incrível como sabemos e somos impotentes) . A juventude cuja característica é o desejo de viver e, se possível, eternamente é marcada em nosso mundo, em que nem juizes de futebol são confiáveis, pela morte matada como se diz no interior.

A gripe suína continua. Recebi um email falando sobre os possíveis ganhos econômicos da pandemia (venda de um remédio que normalmente não é vendido). Certamente isso pode estar ocorrendo e sei que única preocupação com a saúde em relatório da CIA é com possíveis pandemias por causa dos resultados econômicos negaivos que acarretará. Porém, fiquei pensando se esse mundo fosse de responsabilidade muito dinheiro teria sido investido numa vacina que resolvesse essas influenzas de uma vez por todos.

Estes dias são duros, porém nós do GPC acreditamos que devemos fazer alguma coisa, política, pelo bem dos nossos jovens e da saúde de todo o povo. Por isso convidamos você que mora em BH a participar de nossa feira social (aviso ao lado), porque acreditamos que somente um movimento social contrário e sistemático condiz com a nossa verdadeira condição humana.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

CRISE MUNDIAL, GRIPE AVIÁRIA E MICHAEL JACKSON

CULTURA E POLÍTICA

REFLEXÕES A RESPEITO DE CRISES.

A crise mundial apresenta aspectos que devemos levar em consideração e refletir a respeito deles. Ela é uma crise do processo de globalização econômica que vivemos nos últimos anos, ou seja uma crise do capitalismo. Em primeiro lugar quem foi o país que mais se beneficiou com esse processo de globalização econômica? A única potência comunista existente no mundo de hoje, a China. Onde iniciou-se a crise econômica? Nas principais potências capitalistas do mundo (EUA e Europa). De onde se espera que possa vir a solução? Dos países emergentes, os BRICs (Brasil, Rússsia, India e China), cuja principal característica em comum são extensão e população. São os países que sempre foram a periferia do sistema, que sempre foram "orientados" a enfrentar os "seus" problemas populacionais, que hoje tem no tamanho de sua população o principal fator do seu desenvolvimento econômico. Que contradições!!!!

A gripe suína, ou Influenza a H1N1 vem aumentando em nosso país como era de se esperar. Por enquanto como a mortalidade tem sido baixíssima não ocasiona problemas. É interessante notar que como o EUA e Europa foram atingidos e em outros países, como no caso do Brasil, é principalmente a classe média alta e alta, fala-se na possibilidade de vacina. Quando eram os cuidadores de porcos mexicanos ou a gripe aviária na China (inclusive com uma mortalidade maior) não se falou nada disso. Que contradições!!!

O Michael Jackson morreu essa semana. Era uma gênio musical não resta qualquer dúvida, mas que vida complicada a dele. Como se não bastasse todos os detalhes da sua vida comentados na imprensa ele serviu para esconder o caso do Senado brasileiro que já ficou esquecido na imprensa e certamente da população brasileira. Certamente o Michael Jackson com essa não contava. Que contradição!!!

Assim, é importante termos os olhos bem abertos e atentos para sermos verdadeiramente críticos e nos tornarmos aptos a um protagonismo político com compromisso social como queremos.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Ainda a Gripe Suína, ou melhor, Influenza A H1N1

Aqui vai uma atualização da Gripe Suína, ou melhor, da Influenza A H1N1.
Terra
16 de junho de 2009 • 06h41 • atualizado às 08h34


Brasil registra mais 5 casos de gripe suína e nº vai a 79
O Brasil tem 79 casos de gripe suína confirmados. Há registros da gripe nos Estados de São Paulo (27), Santa Catarina (19), Minas Gerais (11), Rio de Janeiro (11), Tocantins (quatro), Distrito Federal (três), Mato Grosso (dois), Bahia (um) e Rio Grande do Sul (um). Além desses, há 96 casos suspeitos e 490 foram descartados. Segundo o ministério, 82 países têm casos confirmados da doença. Um dos casos de Minas Gerais é de transmissão autóctone (ocorrida dentro do território nacional), de uma pessoa que teve contato com um caso que havia sido confirmado, procedente do Exterior. Os quatro casos restantes são de pessoas que estiveram fora do País. Os pacientes estão em tratamento e passam bem, de acordo com o ministério.

OMS confirma quase 36 mil casos da gripe suína no mundo todo
O vírus da gripe suína segue se estendendo pelo mundo, e segundo o último balanço da Organização Mundial da Saúde (OMS) já foram confirmados 35.928 casos em 76 países, com um total de 163 mortos até o momento.
O número representa um aumento de aproximadamente seis mil casos e 18 mortes em comparação com os últimos dados publicados pela OMS na sexta-feira passada.
Os Estados Unidos registraram o maior aumento de casos desde o último balanço, com 4.638 infecções a mais, o que eleva o total de doentes no país a 17.855, dos quais 45 morreram.
Já o México tem 6.241 casos e 108 mortos (números estáveis desde o último balanço), enquanto o Canadá registrou 2.978 casos e quatro mortes.


A OMS declarou na quinta-feira passada a existência de uma pandemia desta nova gripe, mas esclareceu que se devia a sua propagação geográfica e não à gravidade da doença, que qualificou de "moderada".

Países com evidência de autoctonia, até o momento, são: Europa (Áustria, Bélgica,
Dinamarca, Estônia, França, Alemanha, Hungria, Islândia, Irlanda, Itália, Holanda,
Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Eslováquia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino
Unido); América (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, EUA,
Ministério da Saúde – Nota Técnica – Novo vírus Influenza A(H1N1) Página 5
Guatemala, México, Panamá, Peru e Uruguai); Ásia (Japão); África (Egito) e
Oceania (Austrália).


Segundo a OMS, o México, os EUA, o Canadá, Chile e a Austrália (Estado da
Victoria) são considerados países com transmissão sustentada.
A letalidade em casos confirmados laboratorialmente é de: no mundo 0,43%,
Colômbia 2,38%, México 1,70%, Guatemala 1,04%, República Dominicana 1,07%,
Costa Rica 0,85%, Estados Unidos 0,25%, Canadá 0,11% e Chile 0,08%.

De tal forma em relação a nossa conversa anterior a doença espalhou enormemente, inclusive no Brasil. Felizmente a mortalidade é muito menor do que se imaginava inicialmente.
Os cuidados continuam os mesmos. Maiores informações procure o site do ministério da saúde.
Quanto a viagens, embora não haja uma proibição, todo cuidado é pouco. Veja a lista de países e viaje se necessário.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Crise do que??

Política e Cultura
Crise mundial: como Caminhar?

Muito tem sido falado da atual crise mundial. Uma grande vertente é quando finalmente ela estará encerrada, de outro lado existe o debate a respeito de uma experiência humana muito difundida, de que após uma crise sempre vem um período de desenvolvimento.
Evidentemente as duas temáticas estão coligadas e apontam para uma única pergunta: o que levou a crise mundial?
Certamente muitos indicarão a bolha econômica montada a partir do sistema de créditos do sistema imobiliário americano. Sim, é verdade mas o que levou a essa crise, o que levou a esse consumo excessivo?
Na minha opinião como tem aparecido também na imprensa essa é uma crise de valores. O que leva uma pessoa desejar uma casa nova se ela já possui uma que lhe atende a todas as suas necessidades? Como as pessoas veem suas necessidades?
Existe em todo ser humano, toda pessoa um coração, um feixe de exigências e evidências originais: de amar e ser amado, de justiça, de beleza e felicidade. É aqui que que nascem os desejos humanos. Se porém, esses forem manipulados criando a idéia que uma coisa nova é a possível fonte de felicidade, a pessoa fará de tudo para tê-la.
A crise é de humanidade, essa cresce muito mais na ordem do ser do que do ter, mas isso presisa ser educado, principalmente nos jovens para que não sejam presas fáceis da manipulação econômica.
Cabe a nós que temos uma procupação social e política indicar qual é a crise de verdade, e assim poderemos ter a perspectiva de sairmos dela de fato desenvolvidos, talvez não economicamente, mas certamente em termos humanos e pessoais.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

GRIPE SUÍNA

SAÚDE
GRIPE SUÍNA: o que está acontecendo?


O que é gripe suína?
A gripe suína ou gripe porcina é uma doença respiratória altamente contagiosa e aguda que aflige os porcos, causada por um entre os diversos vírus suínos de Influenza Tipo A.
A incidência tende a ser elevada e a mortalidade baixa

Os porcos ocasionalmente podem estar infectados com mais de um vírus ao mesmo tempo, o que acarreta a possibilidade de que os genes desses diferentes vírus se misturem. Isso poderia resultar em um vírus de gripe que contenha genes originários de diversas fontes, o que é definido como um vírus "recombinante".

Ainda que os vírus da gripe suína normalmente sejam específicos da espécie e apenas infectem porcos, ocasionalmente cruzam a barreira entre espécies e podem causar a doença a seres humanos.


Quais são suas implicações para a saúde humana?

Surtos e infecção esporádica de seres humanos por gripe suína foram reportados ocasionalmente. Em geral, os sintomas clínicos são semelhantes aos da gripe, mas varia muito, de infecções leves a severa pneumonia que pode resultar em morte. Isso não é felizmente frequente.


Como as pessoas são infectadas por ela?

As pessoas em geral contraem a gripe suína de porcos infectados. Ocorreram alguns casos de transmissão direta entre seres humanos, mas eles estão limitados a ambientes de estreito contato e a grupos isolados de pessoas. Este é o ponto preocupante e que tem feito governos e OMS a tomara amedidas que vem tomando.

O que fazer?

Para se proteger, siga as práticas preventivas normais contra a gripe: Evite contato próximo com pessoas que pareçam doentes (principalmente se chegaram de México e EUA), com febre e tosse. Lave as mãos com água e sabão, frequente e cuidadosamente. Pratique hábitos de boa saúde, entre os quais dormir devidamente, comer alimentos nutritivos e se manter ativo fisicamente.

Se houver alguém doente em sua casa com essas características tente manter a pessoa em uma seção separada da casa; caso isso não seja possível, mantenha o paciente a pelo menos um metro de distância dos demais moradores. Cubra o nariz e a boca ao prestar assistência ao doente. Máscaras podem ser adquiridas comercialmente ou improvisadas com materiais facilmente disponíveis, desde que sejam jogadas fora ou lavadas devidamente.

Evite viajar para as regiões onde estão ocorrendo casos.
Como os países e locais no Brasil estão mudando várias vezes por dia, o mais prudente é não viajar até segunda ordem.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Fraternidade e Segurança Pública

POLÍTICA E CULTURA


Fraternidade e Segurança Pública


Este é o tema da Campanha da Fraternidade 2009. Coloca em foco o tema da violência e da insegurança na qual vivemos hoje. Certamente a atual crise mundial é hoje o principal fator de insegurança para a vida das pessoas, embora a violência ocasionada pelo tráfico de drogas seja aquele mais imediatamente sentido por todos. O livro texto-base da campanha em sua primeira parte delineia todo quadro de insegurança em que vivemos.
Será que a fraternidade pode de fato ser uma resposta a nossa insegurança? Haverá esperança para nós num mundo onde o fator econômico conta mais que o valor humano?
Muitas vezes certamente pensamos que não. Ao olharmos os resultados de reuniões como o G20 recentemente realizada em Londres, certamente não sentimos motivo para nos tranqüilizarmos.
Essa semana é a semana santa para os cristãos na qual se celebra a paixão, morte e ressurreição de Jesus. É afirmação de que a dor , o sofrimento e até a morte não impedem a vida.
Será que nós encontramos na nossa realidade sinais dessa ressurreição de Cristo, que nos dêem esperança para continuar vivendo no meio de tantas crises, violências e dificuldades.
A fraternidade entre os homens que tem fundamento na fé em Cristo e que na nossa realidade tem muitos sinais, como a solidariedade que existe nosso povo é força e esperança pascal para continuarmos caminhando.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

07 de abril - Dia Mundial de Saúde

SAÚDE/POLÍTICA E CULTURA

Dia Mundial da saúde - o que comemorar?
São mais de 20 anos do nosso sistema único de saúde (SUS). Os avanços no setor são incontáveis, seja em termos da população realmente atendida, seja dos cuidados prestados, que vão das tecnologias mais simples (curativo e injeções por exemplo) às mais complexas (transplantes e cirurgias cardíacas por exemplo).

Existe algo, porém, que devemos refletir e que me parece ser um ponto muitas vezes esquecido, por isso mesmo acaba sendo a causa de muitos males do nosso SUS.

Ele é nosso, da população brasileira. Não é dos governantes, nem mesmo dos profissionais de saúde, que como eu trabalhamos buscando que cada dia ele seja mais o SUS que queremos.

Ele é nossso quer dizer que é fruto antes de mais nada da sociedade brasileira, fato esse esquecido muitas vezes por nós mesmos, o povo brasileiro.

Espero que esse dia 07 de abril sirva entre tantas coisas que serão faladas e reflexões que serão feitas, como um momento de conscientização de nós brasileiros de que o SUS é nosso e que assim devemos estar mais atentos a sua evolução e participarmos mais das decisões relativas a ele.

quinta-feira, 26 de março de 2009

FEBRE AMARELA

SAÚDE
Febre Amarela

O que é?
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de curta duração (no máximo 10 dias), gravidade variável, causada pelo vírus da febre amarela, que ocorre na América do Sul e na África.
Qual o microrganismo envolvido?
O vírus RNA. Arbovírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae.
Quais os sintomas?
Os sintomas são: febre, dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dores no corpo, icterícia (a pele e os olhos ficam amarelos) e hemorragias (de gengivas, nariz, estômago, intestino e urina).
Como se transmite?
A febre amarela é transmitida pela picada dos mosquitos transmissores infectados. A transmissão de pessoa para pessoa não existe.
Como tratar?
Não existe nada específico. O tratamento é apenas sintomático e requer cuidados na assistência ao paciente que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Nas formas graves, o paciente deve ser atendido numa Unidade de Terapia Intensiva. Se o paciente não receber assistência médica, ele pode morrer.
Como se prevenir?
A única forma de evitar a febre amarela silvestre é a vacinação contra a doença. A vacina é gratuita e está disponível nos postos de saúde em qualquer época do ano. Ela deve ser aplicada 10 dias antes da viagem para as áreas de risco de transmissão da doença. Pode ser aplicada a partir dos 9 meses e é válida por 10 anos. A vacina é contra-indicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.
A vacinação é indicada para todas as pessoas que vivem em áreas de risco para a doença (zona rural da Região Norte, Centro Oeste, estado do Maranhão, parte dos estados do Piauí, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), onde há casos da doença em humanos ou circulação do vírus entre animais (macacos).

quarta-feira, 18 de março de 2009

DENGUE

SAÚDE

Dengue melhor prevenir que remediar

O QUE É?
A dengue é uma doença viral. Os vírus são micróbios contra os quais não se usa antibióticos, porque na maior parte das vezes saram sozinhas. O que pode agravar são as complicações dessas doenças.

COMO SE TRANSMITE A DENGUE?
A história começa com uma pessoa que está com dengue. Quem está com dengue, está com vírus da dengue no seu sangue.Quando o mosquito pica esta pessoa para sugar seu sangue, ele também fica contaminado com o vírus da dengue. Quando o mosquito que está com o vírus pica outra pessoa que está sadia, ele deixa o vírus na corrente sangüínea desta pessoa. Daí, esta pessoa pode ficar doente. Então, se outro mosquito picar esta última pessoa, começa tudo de novo; assim, a doença vai se transmitindo rapidamente para muita gente.

QUE A PESSOA COM DENGUE SENTE?
Uma gripe forte por 5 a 7 dias (na maior parte das vezes): Febre, Cefaléia (dor de cabeça)O , Dor retrorbitária (dor atrás dos olhos), Mialgia (dor muscular), Artralgia (dor nas juntas), Exantema (vermelhão da pele) e Dor abdominal discreta (dor na barriga).

É só isso que acontece? NÃO
A Dengue pode ser grave e matar (Dengue Hemorrágica). Esse jeito da Dengue se chama assim porque além dos sintomas da gripe forte aparecem hemorragias (na pele, na boca, nos dentes ou nos intestinos).

O QUE FAZER?
Se for a Dengue comum o doente deve manter-se em repouso, beber muito líquido e só usar medicamento para aliviar as dores e febre (paracetamol e dipirona). Não existe tratamento específico (antibiótico) contra a Dengue (doença viral). Neste caso o controle é feito no posto de saúde.

CUIDADOS:
Não devem ser usados remédios a base de Ácido Acetil Salicílico como Aspirina, AAS, Buferin, Melhoral, Doril, etc. Por causa da possibilidade de hemorragias (sangramentos).
Caso haja piora do estado do doente deve-se procurar orientação médica.
Como saber que está havendo piora? Dor forte na barriga, Tonteira quando muda de posição, Sangramento (ex: nariz, boca), Pontos ou manchas vermelhas ou roxos na pele e Vômitos freqüentes ou com sangue

O QUE FAZER SE HOUVER PIORA?
Procure o médico imediatamente.Não espere tempo nenhum.

É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR QUER DIZER:
Também quer dizer que se eu ou meus vizinho ou a minha comunidade não acabamos com os pontos de acúmulo de água, mas o agente de zoonoses municipal que deve visitar a minha casa e da minha comunidade seis vezes no anos fizer o seu trabalho de identificar, tratar e assim eliminar os focos a doença vai diminuir na minha cidade.


É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR QUER DIZER:
Se o trabalho dos agentes não for feito ou se as pessoas não colaboram com ele, ficando muita gente doente, é preciso que elas sejam atendidas pela equipe da saúde da família e se apresentarem dengue hemorrágica serem encaminhadas para tratamento hospitalar, que se feito a tempo evitará que a pessoa venha a falecer.

SOLIDARIEDADE POPULAR

Política e Cultura

Importância da Solidariedade Popular no Desenvolvimento da Cidade

A proposta da minha apresentação pretende atingir três objetivos:
1) Em primeiro lugar apresentar a proposta do Padre Piggi sobre o tema.
2) Depois rever as fontes dessas afirmações do Padre Piggi.
3) Por último tirar as conseqüências dessa proposta para a gestão pública.

Segundo o pensamento do Padre Piggi, dos direitos humanos mais básicos - à vida (saúde e alimentação), à educação, à habitação digna e ao trabalho digno - os primeiro, segundo e quarto estão sendo atendidos ainda que não o sejam por completo. Mesmo que estes direito dirijam-se também aos pobres, esta relativa atenção ocorreria porque de algum modo eles apresentariam algum retorno político.
Este fato acontece, segundo ele, por causa de três fatores: a imagem internacional, ao controle estatal das mentes e a tradição de séculos de lutas trabalhistas. Assim, a saúde recebe esta atenção devido ao prestígio internacional do tema, no sentido geral ou mesmo específico (como o caso da AIDS ou do envelhecimento). No caso da educação, além do seu prestígio internacional, através dela é possível produzir uma opinião pública padronizada e no último caso (trabalho), além do prestígio internacional, as questões trabalhistas levam a uma paz social frágil, mas real.
Somente o 3º direito básico, da habitação digna, é desatendido para os mais pobres. Por quê? Porque não apresenta retorno para ninguém, financeiras e empreiteiras. Além disso, traz transtorno para o poder público sem retorno eleitoral. A imagem internacional não visa este setor, não serve para controlar as mentes, basta a TV. Adicionalmente, não ficou nenhuma tradição popular de lutas pela habitação digna dos pobres. Um dos motivos desta última situação foi o atrelamento político das antigas lideranças dos movimentos populares dos anos 80.
Todavia uma formação focada na pessoa e na família abre o caminho para criar-se entre os mais pobres uma solidariedade popular organizada, livre de atrelamentos partidários, totalmente gratuita, baseada no instinto natural da solidariedade entre pessoas e famílias, em busca da conquista do direito à morada digna dos pobres.
Essa solidariedade popular é altamente recomendada pela Doutrina Social Cristã (DSC), que faz dela um dos princípios básicos (princípio da solidariedade) da vida social, dinamismo essencial para construção harmônica da sociedade, alternativa humana e cristã à visão ideologizada da luta de classe.
Esta solidariedade tem o maior efeito no desenvolvimento integral da cidade, pela inclusão dos mais fracos, uma questão de justiça e cidadania. Possibilita, assim, a valorização do papel específico da população humilde no espaço urbano.
Sem esta formação pessoal/ familiar/ solidária as pessoas despidas e desrespeitadas em seus direitos se congregam sim (instinto natural prevalece), mas para afirmar destrutivamente, não direitos e sim interesses egoístas, desviados. É a violência urbana tomando conta da sociedade (crime organizado).
Em conclusão o Padre Piggi afirma que: “a solidariedade popular organizada é elemento essencial para o desenvolvimento urbano integral. São exemplos disto os 25 anos do Pro-favelas e da pastoral de favelas, e o Movimento dos sem casas (Amabel de Belo Horizonte e a Associação dos Trabalhadores sem casa de São Paulo). Tudo o que for planejado sem articulação com ela não prospera, fracassa”.
As referências dessas afirmações do Padre Piggi são: a sua experiência de luta pela moradia popular em Belo Horizonte, nos últimos quarenta anos, e a leitura desta a partir da Doutrina Social Cristã (DSC).
Da DSC três conceitos são fundamentais para essa leitura e proposta: o princípio da subsidariedade, relevância social das sociedades intermediárias e o princípio da solidariedade popular (ver Compêndio da Doutrina Social da Igreja1):

1)Princípio da Subsidariedade:
Sendo que o elemento básico da sociedade é a pessoa humana, toda agregação social que lhe seja mais próxima, é protagonista da vida social. Então sendo a pessoa a razão de ser da sociedade, nada do que ela possa decidir, fazer, criar legitimamente poderá ser assumido por sociedade mais ampla.
Pelo contrário, as sociedades maiores devem servir, apoiar, nunca depreciar ou substituir as sociedades inferiores e, enfim, a pessoa.

2)As sociedades intermediárias
Aquela trama vital de sociedades livremente constituídas, chamadas na DSC de “sociedades intermediárias” é extensão da pessoa no social.
Todas essas sociedades são também anteriores ao Estado. Pelo mesmo princípio da subsidariedade, cabe ao Estado valorizá-las, promovê-las mediante o apoio, coordená-las, fiscalizá-las para o bem comum. Não deve substituí-las e apagá-las.
As sociedades intermediárias são focos de “participação” que vem ao encontro de uma aspiração profunda do homem, a participação. São, portanto, verdadeiras usinas de humanismo real, de cultivo da subjetividade da sociedade, de independência, de liberdade civil e cidadania.

3)A solidariedade popular
A força inspiradora das sociedades intermediárias é a solidariedade popular. O assim chamado “princípio da solidariedade” é um dos princípios básicos da DSC.
Os fatores da solidariedade são dois:
- a solidariedade é como um “instinto natural” da sociedade;
- a ação educativa do cristianismo no povo ao longo das gerações foi capaz de forjar uma “alma popular” solidária.

Na minha forma de ver as principais conseqüências desta proposta para a gestão públicas são:
- em todo e qualquer programa ou projeto que o Estado formule a opção é sempre entre o estatismo e a subsidariedade. Um programa formulado a partir da crença básica de que a estatização é a ferramenta principal da construção dos direitos da cidadania, excluirá aquelas experiências que já existem na sociedade, não sendo assim, subsidiário conforme o princípio da DSC. Uma das formas de implantação de uma política estatizante passa através da cooptação das lideranças populares, conforme o Padre Piggi testemunhou, o que é também o contrário da valorização e centralidade da pessoa que propõe a DSC.
- essa opção antes de ser somente uma questão de gestão é principalmente uma escolha política. Essa escolha implicará sempre defender o que existe, dar prioridade a experiência existente antes de qualquer formulação técnica ou política. Freqüentemente o aparato tecnocrático do estado não aceita a premissa básica do Padre Piggi, de que a solidariedade popular faz bem a cidade por ser fonte de um desenvolvimento equilibrado e equânime. O gestor público deve decidir na hora da escolha em qual das duas alternativas apostará: a tecnocrática ou a da solidariedade popular.
A experiência do Padre Piggi demonstra que uma ação política e de Estado ao favorecer a solidariedade popular contribuirá para o bem comum da cidade mais do que qualquer outra solução, enfrentando assim os perigos da tecnoburocracia ou do clientelismo social na gestão pública.

1PONTIFÍCIO CONSELHO “JUSTIÇA E PAZ”. Compêndio da Doutrina Social da Igreja. São Paulo: Paulinas, 2005. 528 p.