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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

ANO NOVO, VIDA NOVA???

POLÍTICA E CULTURA

Todo fim de ano as pessoas de modo geral renovam as suas esperanças de que um NOVO ano se iniciará. Novo no sentido de que aqueles desejos não realizados até o momento se realizarão no próximo ano.

O QUE PODE NOS DAR ESPERANÇA DESTE NOVO QUE TODOS DESEJAMOS?

O QUE É ESSE NOVO QUE TODOS DESEJAMOS?

Esse desejo torna-se mais intenso em anos em que novos governos se inciam, é como se as pessoas estivessem mais convencidas de que a possibilidade do NOVO fosse ainda maior.

Na semana passada a Folha divulgou uma pesquisa que apontava que 83% dos entrevistados acreditavam que Dilma fará um governo igual ou melhor que o de Lula: 53% pensam que será igual e 30% disseram que ela terá um desempenho superior (Pesquisa Datafolha, divulgada no dia 22/12/2010).

DE ONDE AS PESSOAS TIRAM ESTAS ESPERANÇAS? DE FATOS? DE ILUSÕES?

Também neste momento é comum pensarmos em como foi o ano que passou, o que realizamos e o que não realizamos. Do mesmo modo os governos que se encerram passam pelo mesmo crivo. No caso do governo Lula muito tem sido escrito na imprensa. A conclusão é que, como tudo na vida, houve bons e maus resultados, mas no balanço final foi mais positivo ou negativo?

Neste direção me parece ilustrativo o seguinte comentário: “Prestes a encerrar seus oito anos de governo, o presidente Lula descerá a rampa do Palácio do Planalto e abrirá um importante capítulo da nossa história. Esta coluna, com frequência, criticou as sombras do governo que se põe. Mas a honestidade intelectual e o dever de isenção, pré-requisitos de quem pretende fazer jornalismo ético, me obrigam a reconhecer o saldo favorável dos dois governos do presidente Lula (Carlos Alberto Di Franco - O Estado de S.Paulo 27/12/2010 – http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101227/not_imp658571,0.php).”

Certamente o que aconteceu durante o ano é uma base para o que se pode esperar de um novo ano, de um novo governo, de qualquer atividade que esteja em nosso campo de interesse.

Esse NOVO pode significar tanta coisa, porém existe um NOVO maior do que ser FELIZ? Já no próximo ano, no primeiro dia do ano, amanhã. Felicidade, a nossa, é algo que não pode esperar.

A resposta de qual é esse caminho somente pode ser dada a partir das experiências que fizemos. Onde fizemos neste ano de 2010 que se encerra experiência real de felicidade?

Estes momentos são as dicas que "recebemos" de onde apostar. Para mim três experiências que ocorreram agora no final do ano foram dicas assim:

A) No início de dezembro ocorreu um encontro de 30 anos de formatura da minha turma de medicina. Após iniciaram uma série de emails nos quais ficava claro a surpresa do encontro, após tantos anos e da permanência de elos jamais imaginados.

B) Passei meu Natal com minha família na minha cidade Porto Feliz, São Paulo. O que me chamou a atenção foi como todos estavam muito felizes e ficaram juntos o máximo que puderam, a amizade é o elo que os unia.

C) Neste mesmo período, encontrei amigos de infância, dos quais alguns não encontrava a mais de 40 anos, num jantar de reencontro. Foi a mesma marca dos outros dois, havia entre nós algo que o tempo não apagou.

Penso que a AMIZADE, que é o traço comum destes três fatos, é um tesouro que o tempo não corrói e que pode nos ajudar no nosso caminho de busca da FELICIDADE.

Cultivá-la é a decisão mais importante para 2011. Daqui pode nascer o NOVO que tanto desejamos.

Isto serve também para a política e o governo, não existe outro ponto de partida que não seja uma amizade capaz de durar no tempo, porque firmada numa relação onde cada um tem o seu valor respeitado e valorizado.

É assim que nós do GPC temos feito política e ação social. Aguardamos você para vir fazer conosco.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

NATAL É POSSÍVEL

POLÍTICA E CULTURA


Natal é possível, porque não depende de nós, mas é uma iniciativa de um Outro.

O Natal é inciativa do Senhor, que invade a realidade humana para dizer a Boa Nova. O amor desse Outro nos indica que é possível a realização do desejo humano: a felicidade. O Natal é a resposta divina ao desejo humano. Esta é a Boa Nova.

Penso que isso deva nos ensinar algo, o tempo de Natal é um tempo de reflexão: como enfrentar a violência, as injustiças, os problemas sociais de nosso país que ainda são tantos.

Claro o desenvolvimento econômico é um ferramenta importante para isso, mas somente se vier acompanhada de diminuição da desigualdade. Porém, se isso por si só trouxesse felicidade os países ricos teriam na sua população somente gente feliz. São muitos os sinais inclusive pesquisas que mostram que não é assim.

Olhando para aquela cena imortalizada por tantos pintores famosos, nos vem a pergunta: qual a mensagem do presépio?

No Natal  o primeiro tema é a Espera.

O Papa Bento XVI disse que o homem é medido por aquilo que espera.
Ele falou que essa espera é uma dimensão normal da vida humana: “atravessa toda a nossa existência pessoal, familiar e social. A espera é presente em milhares de situações, das menores e mais banais às mais importantes, que nos comprometem totalmente e no profundo”.

Citou exemplos de momentos marcantes nesse sentido, como a espera dos pais pelo filho, a espera de um jovem pelo êxito em um exame decisivo ou em uma entrevista de trabalho; nas relações afetivas, a espera do encontro com a pessoa amada, da resposta a uma carta, ou da acolhida de um pedido de perdão.

Segundo o Papa, “pode-se dizer que o homem está vivo enquanto espera, enquanto em seu coração é viva a esperança. E por sua esperança o homem se reconhece: a nossa ‘estatura’ moral e espiritual se pode medir por aquilo que esperamos, por aquilo em que temos esperança”.

QUAL É A NOSSA ESPERA? SERÁ QUE ACREDITAMOS QUE SERÁ POSSÍVEL UM MUNDO MAIS FELIZ DO QUE AQUELE QUE TEMOS HOJE.

Qual a mensagem do presépio?

O segundo tema do Natal é a Fraternidade.

O Papa falou que a Fraternidade é necessária para uma vida plenamente humana.
Ele sublinhou a importância da fraternidade humana, tanto nas relações pessoais como em escala global. Bento XVI observou que "o belo ideal de fraternidade (...) encontrou no desenvolvimento do pensamento filosófico e político uma ressonância menor em comparação a outros ideais, como a liberdade, a igualdade, o progresso e a unidade".

"Este é um princípio que se manteve praticamente como letra morta nas sociedades políticas modernas e contemporâneas, especialmente por causa da influência de ideologias individualistas ou coletivistas", lamentou.

"No reconhecimento do que lhe é doado, o homem pode se abrir à ação da graça e entender que está destinado a desenvolver-se, não à custa dos outros, mas com eles e em comunhão com eles."

SERÁ QUE O NOSSO MUNDO DE HOJE APRENDEU DO PRESÉPIO QUE SOMOS TODOS IRMÃOS PORQUE FILHOS DE UM MESMO PAI? 

Para mim sempre me chamou a atenção que Jesus nasceu pobre e despercebido pelos grandes da época.

Qual a mensagem de Jesus nascido naquele presépio? 

Penso que nos ensina que não são necessárias grandes coisas para se ser feliz, nem mesmo que sejamos reconhecidos, mas cumprir aquela missão que nós recebemos, fazer aquilo para que fomos feitos.

O terceiro tema do Natal é a Pobreza e a simplicidade.

Pobreza e simplicidade em sentido cristão não é falta de bens materiais e falta de conhecimentos formais, mas o modo como possuímos o que é nosso. Será que temos a consciência do que é nosso no foi DADO, tem uma finalidade que não diz respeito somente a mim, mas como tenho uma tarefa, como sou fraterno, por isso sou pobre, ou seja, o que é meu está a disposição de construção de uma sociedade mais justa.

Assim o Natal nos ensina a viver a vida como espera de realização dos nossos grandes ideiais, que somos todos irmãos e o modo justo de nos relacionarmos é a fraternidade, que implica solidariedade e justiça social. 
Para que vivamos assim devemos ser pobres e simples, possuindo sem possuir, tendo para que todos possam ter. Vivendo a vida como a missão que recebemos de um Outro e que a nossa felicidade está na medida que damos a nossa vida em benefício dos irmãos.

COMO SERIA O MUNDO DA POLÍTICA SE O NATAL VALESSE TAMBÉM LÁ. NÓS DO GPC ACREDITAMOS QUE É POSSÍVEL PORQUE O NATAL TORNA ISSO POSSÍVEL.

NO DIA 25 É ISSO QUE QUEREMOS COMEMORAR A POSSIBILIDADE QUE POSSAMOS EXERCER A NOSSA TAREFA SOCIAL COM A CONSCIÊNCIA QUE O JESUS DO PRESÉPIO NOS DEU.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Natal: é possível num mundo de violência como o nosso ???


POLÍTICA E CULTURA 

O tema mais freqüente no Natal é o da fraternidade. Mesmo no Natal que deixou de ser a festa do nascimento de Cristo, o do Papai Noel e dos presentes, esta é a palavra mais usada. Outra muito comum também nesta época é solidariedade. Tanto uma quanto outra apontam para a relação entre pessoas que tem entre si um olhar de irmãos, de iguais, de alguém que se sente vinculado com o outro, que se sente ligado ao outro.
Mas num Brasil que foi dominado nestes últimos tempos pela divulgação da violência, quase diariamente, é possível que estes temas tão natalinos façam algum sentido?

Eu estive sábado com três amigos na casa do seu Zé Ferreira para conhecê-lo e sua esposa, dona Júlia. Eles são aquilo que a palavra exemplo de vida significa. Uma vida muito sofrida, que é impossível para nós entender de tão sofrida. Porém, uma vida que apesar de todas adversidades, que ainda continuam, não tem como não querer ser como eles são como pessoas. Não tem como não dizer que se o mundo fosse feitos de outros tantos Zés e Júlias seria diferente do que é.

Mas, de onde nasce personalidades como as deles? Não pode ser um esforço, uma capacidade diferente deles, até porque eles são gente bem comum. Eles foram criados numa cultura marcada pela solidariedade e fraternidade cristãs. Foram moldados dentro dessa cultura, neles o Natal é algo real, que não é feito de Papai Noel e presentes, mas do anúncio cristão, que é o Natal.

Como comentei em um post anterior, a violência (da qual tanto se falou nos últimos dias no Brasil) tem a ver com  a mentalidade de hoje, o relativismo: não existe a Verdade, porque cada um tem a sua verdade. É nessa cultura é que se criam as condições da violência: o individualismo e seu consequente cada um por si e a necessidade de consumo que não tem limite para tentar sanar a necessidade que todos temos de felicidade.

Porque nasce a violência? Seja porque o outro não é mais irmão, ou não é nada ou é inimigo, porque na busca da minha felicidade individual, não tem nada que “dificulte” mais do que o outro com o seu próprio desejo, com a sua própria necessidade.

O mundo de hoje constrói a sua cultura, a sua mentalidade tentando negar os sinais desse Natal, para que aja um respeito para aqueles que não crêem, que são muito poucos aliás, mas impregnam a nossa mentalidade. Assumem porém, a sua parcela de culpa deste mundo? Não, agem como se não fossem com eles. A imprensa, os meios de comunicação na maior parte das vezes, somente sabe nos brindar com todos os detalhes da violência, e ridicularizar aqueles que crêem. Os políticos, os líderes agem somente, quando fazem alguma coisa, para tratar das conseqüências, das raízes nem se pensa. Bate, prende bandido, mas porque existe o tráfico, porque tem o consumo? 

Tem o consumo, entre outros motivos por causa daquela necessidade que eu comentei acima, e que não pode não ser respondida. Isso é forte principalmente na juventude porque nela é mais forte esse desejo, que não encontra referências num mundo do individualismo e do consumo desenfreado.

Temos de refletir nisso, é dever de todos nós chamados formadores de opiniões. Nós que temos alguma liderança na sociedade - pais, chefes, imprensa, políticos - temos de refletir é nas raízes desse mal e não bater ou prender simplemente, porque só isso não vai resolver.
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Nós do GPC acreditamos que a pessoa, naquilo que é, ser aberto ao transcendente, ao Outro é o centro da questão. A pessoa é um feixe de desejos inextirpáveis e que apontam para a necessidade do Infinito, porque infinitos são esses desejos.

O Natal é a declaração da resposta desse Outro a essa necessidade. Olhar para isso é uma forma de começar a resolver a violência e todos os problemas que estão aí, é a nossa contribuição de cristãos a sociedade.

Nós do GPC queremos levar a sério essa mensagem do Natal. Ela também quer dizer que a política é um serviço fraterno e solidário ao outro nosso irmão, tem de aprender desses Zés e Júlias anônimos e trabalhar para eles.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

POLÍTICA DE ENFRENTAMENTO DO TRÁFICO NO RIO DE JANEIRO


POLÍTICA E CULTURA

Semana passada, todos acompanhamos como uma certa preocupação os acontecimentos ocorridos no Rio de Janeiro porque evidentemente todos temos uma experiência negativa de enfrentamento do tráfico pela polícia, em especial no Rio de Janeiro. Normalmente, o fracasso com consequências graves para as populações destas comunidades tem sido a regra. Além disso, outro resultado em passado recente foi a guerra urbana desencadeada por esses bandidos, cujo comando se dá a partir de presídios.
Felizmente dessa vez não foi o resultado que vimos, houve sucesso das forças de segurança que tomaram o controle da Vila Cruzeiro e depois do Complexo do Alemão.

Surgiram para mim algumas dúvidas porque o aspecto jornalístico realçou a batalha ganha como se fosse a guerra. Todos sabemos que não é assim: primeiro porque estamos falando da cidade do Rio de Janeiro, não é nem o estado. O que ocorrerá na baixada fluminense a partir desta vitória ou em outros centros urbanos com São Paulo e Belo Horizonte, para dizer somente duas capitais. Não houve controle nem da entrada da droga nem do consumo, motor que alimentará qualquer alternativa de comércio de drogas no país.

Como se comportou a política nacional no episódio. A presidente eleita Dilma, que falara toda a campanha de que usaria a proposta do Rio de Janeiro (as UPPs) como proposta para o país todo, no tema droga e segurança, calou-se por completo, antes ou depois. Tanto o Governador quanto o prefeito do Rio de Janeiro falaram de uma espécie de ressureição da cidade. É evidente que foi uma vitória importantíssima, mas estamos longe de ser a solução salvadora que eles falaram. A história evidentemente não tardará a desmenti-los, infelizmente.
E a imprensa, colocou-se ao lado ou contra de acordo com uma prévia posição assumida por aquele jornalista.

Acumulei um conjunto de tweets sobre o assunto que sugiro você veja no meu twitter. Quero ressaltar alguns:

- UOL Homepage Sob ataque: Prefeito do Rio pede que povo não se "acovarde" http://uol.com/bskry #UOL. Covarde é ele. O fato que exista uma polícia e exército na rua não lhe dá direito a isso. Veja o que ele falou depois da vitória abaixo.

- Luis Nassif: Conferindo "A Crise no Rio E O Pastiche Midiático" no Portal Luis Nassif: http://ning.it/gTNAVI.Assim como nas discussões sobre religião, o debate em torno da onda de violência que acomete o Rio de Janeiro assumiu um tom pueril e apaixonado. Em busca de um enfoque mais adulto e científico, reproduzo abaixo um excelente artigo assinado pelo ex-Secretário Nacional de Segurança Pública, Luiz Eduardo Soares”.

- Reinaldo Azevedo: Viva o Rio, abaixo a mistificação! Ou: o fracasso da política de Cabral é um sucesso!: Tentando, só tentan... http://bit.ly/dZhRjo2. “Tentando, só tentando, botar um pouco de ordem na barafunda. É claro que sou favorável às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Eu sou a favor, aliás, de tudo o que pacifique e não mistifique. O que tenho escrito aqui há quase dois meses, quando a bandidagem ainda fazia o obsequioso silêncio pré-eleitoral (por que acordou depois é um mistério bem-guardado até agora), é que não existe pacificação sem prisão de marginais. Para algum lugar, eu inferia, eles tinham ido, não é mesmo? Das três uma: a polícia do Rio pode prender os bandidos, matar os bandidos ou exportar os bandidos. Decretar a sua inexistência, bem, isso não era possível”.

- Terra: Moradores do Alemão tentam assimilar nova ordem http://bit.ly/fHQL4n #terra sobre o que a comunidade está falando sobre o ocorrido. É interessante uma fala de uma pessoa da comunidade: "A culpa disso aí não é dos nossos jovens que caíram no tráfico, é das autoridades que nos deixaram abandonados por anos. É obrigação deles consertar isso". A opinião é de Solange Alves de Souza, 47 anos, que trabalha há 15 anos na creche Municipal Nova Brasília, em uma das favelas do Complexo do Alemão, zona norte do Rio de Janeiro. Quem são os verdadeiros responsáveis?
- Blog do Noblat: A polícia e o Estado de Direito http://bit.ly/dY358u. “Os relatos que começam a surgir de abusos de poder por parte de policiais na ocupação do Complexo do Alemão têm que ser investigados e reparados o mais rápido possível pelas autoridades responsáveis pela segurança pública no Rio, para que não se quebre o clima de solidariedade entre a população e a forças da lei, a principal razão do sucesso da operação”.  “Há centenas de comunidades no Rio de Janeiro ainda dominadas pelo tráfico e pela milícia, e não há sentido em cantarmos vitória”.

- VEJA: Paes: 28 de novembro será o ‘dia da refundação do Rio’ http://bit.ly/iePSDJ. Que papo furado do prefeito do Rio de Janeiro. Infelizmente os políticos ao invés de enfrentar os fatos como são querem sempre aproveitar para uso pessoal (no sentido do seu interesse pessoal).

- FOLHA(Gilberto Dimenstein): O tráfico não vai diminuir http://www.folha.com.br/pd837696 #folha. “Foi um grande presente de fim de ano para toda a nação ver a polícia ocupar os morros cariocas, retomando territórios dos marginais. Mas há uma pergunta simples, que faz com que tenhamos cautela diante da euforia: o tráfico vai diminuir? Vai diminuir se o consumo diminuir. Mas o consumo está diminuindo? Não há nenhuma evidência”. “A questão é bem mais complexa do que prender traficantes”. “O que combate o tráfico, de fato, são programas de educação, emprego e saúde pública”.

Trouxe alguns desses tweets que li para exemplificar um pouco do que vi.

Em primeiro lugar como já falei em outras vezes a política tem de estar sempre a serviço do povo.

A imprensa deve informar com lealdade para que os cidadãos possam formar a sua própria opinião. Não contribui em nada esta bagunça que imprensa faz, transformando uma questão tão séria para vida das pessoas, principalmente para aquelas que vivem nestas comunidades num circo, numa briga do próprio interesse.

O debate que o GPC quer fazer através deste site visa contribuir para uma informação que traga contribuição e uma política efetivamente a serviço do nosso povo.

Se você concorda com isso venha participar.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

JUVENTUDE RACISTA: TOLERÂNCIA OU AMOR?

POLÍTICA E CULTURA

Semana passada falei sobre como as questões envolvendo a juventude em termos de violência física ou psicológica contra outros jovens tem uma base cultural. Está vinculada a uma cultura onde tudo é relativo, até o ponto que a própria pessoa e sua vida também. Escrevi também que isto envolve uma ação deseducativa dos adultos, que através de seus atos vem ensinando aos nossos jovens essa mentalidade intolerante e racista. Dentro disso situei a o ENEM como um exemplo político de descaso e que faz parte deste descaso com a vida do outro.

No dia seguinte descobri no Twitter que dia 16 de novembro é o Dia Mundial da Tolerância e dois dias depois o Dia Mundial da Filosofia. Essa duas datas me levaram a reflexão que agora compartilho com você.

Será que o problema dos nossos jovens é de tolerância????

Para mim tolerância é suportar o outro, aguentar a sua companhia, enfim não leva a outra coisa que não seja um descaso com o outro.

Nós precisamos é de amor, de dar de si ao outro. Sem amor no mundo não é possível convivência humana.
Filosofar é olhar para o mundo buscando nele sentido para aquilo que acontece, é buscar a verdade que está por trás de cada coisa que acontece. Se olharmos para cada um de nós, teremos a confirmação disso, pois o que queremos é ser amados e não sermos tolerados, que a nossa pessoa seja considerada por inteiro com virtude e defeitos.

Participei no dia 06 de novembro da Campanha Coleta Nacional de Alimentos, cujo principal objetivo é a compartilha da vida compartilhando as necessidades concretas de irmãos nossos que são benefíciados pelo resultados da campanha.

Neste domingo aqui em Belo Horizonte fizemos um encontro com todos que participaram da campanha e na fala de todos, além do valor educativo do gesto, ficou claro como doar um pouco do nosso tempo procurando provocar outros a dar de si no gesto de compra de alimentos, leva a demonstrar aquilo que Padre Giussani, fundador do Movimento Eclesial Comunhão e Libertação me ensinou de que a lei da vida é o Dom de Si. Nós fomos feitos para sermos entrega de tudo o que recebemos contruindo em volta de nós um mundo melhor, mais humano e justo.

Por isso nós do GPC consideramos que somente uma atitude de amor em cada atividade humana é possibilidade de que o resultado seja o completo acolhimento das necessidades de quem vive ao nosso lado.
O problema do ENEM ou de qualquer projeto do governo é Amor, não Tolerância, o bem do outro colocado acima de qualquer benefício que possa me trazer ou aos meus amigos.

Se você pensa como nós venha participar conosco dessa construção nos contatando através do meu email,
Mais amor na vida é verdadeira filosofia.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

O QUE DESCASO DO ENEM TEM A VER COM JOVENS RACISTAS

POLITICA E CULTURA
Semana passada escrevi sobre dois fatos que mostravam atitudes de jovens com outros jovens cheias de intolerância e desrespeito. Fiz um paralelo com o ENEM 2010.
O que tem a ver entre si? Espero que a minha postagem tenha explicado o meu ponto de vista.

Nesta postagem quero aprofundar o tema que a meu ver se dá no âmbito da cultura, que é aquele elo que liga cada fato entre si, tem a ver com a visão de homem e de mundo que está por trás de cada fato que acontece. É aqui que penso possa ficar mais claro o meu ponto de vista.

O Papa em recentes pronunciamentos tem alertado para a mentalidade dominante de hoje, o relativismo. O relativismo é aquela visão que diz que não existe uma verdade, mas verdades, que cada um pode chegar segundo o seu próprio caminho e história, e não existiria nada que ligasse estas histórias, cada um tem o seu modo particular de ver a verdade, a sua verdade.

Sendo assim, o que dizer a alguém, branco, rico, magro e vivendo num estado no sul/sudeste do país sobre seu preconceito contra negros, pobres, obesos e nordestinos. O seu racismo não é sua verdade? O seu ódio contra obesos, negros e nordestinos não é sua verdade?

Isso evidentemente ninguém, a não ser eles próprios, aceitaria. Porque? Uma sociedade da tolerância não deveria ser tolerante com eles também? Não, mas porque há algo em nós que diante de uma injustiça se revolta, mesmo que não nos atinja.

Esse desejo de justiça, que se insurge contra qualquer injustiça que nós tomemos conhecimento não seria algo que está além da individualidade de cada um, da cada história particular, de cada verdade particular? Sim,

Mas, na nossa sociedade fomos ensinados a não acreditar nisso e por isso surgem todos os dias, fatos que tem todos a mesma cara: intolerância, racismo, desrespeito ao outro. Anteontem foi um jovem agredido por outros jovens na Avenida Paulista em São Paulo.

Mas, o que o ENEM tem a ver com o relativismo. Como falei acima, a cultura é aquilo que liga cada fato a todos os outros que acontecem. Como se ensina as pessoas essa mentalidade dominante de hoje, o relativismo? Através de cada fato que acontece.

Assim, as pessoas que tem autoridade social através do seus atos ensinam aos outros uma mentalidade. As ações dos políticos, do governo do Lula, ensinam aos jovens uma mentalidade. Um desrespeito com jovens (o ENEM 2010) ensina a eles que o mundo é de desrespeito, que é cada um por si defendendo seus próprios interesses de branco, rico, magro morando num estado no sul/sudeste do país.

Quando o presidente diz: nunca antes na história desse país, sobre qualquer coisa que ele quer afirmar que foi um feito do governo dele, que mensagem ele está ensinando? Quando diz que ele faz um governo para os pobres enquanto os outros para os ricos que tipo de mentalidade está ensinando? Quando diz que o DEM é um partido a ser eliminado, que tipo de mensalidade está ensinando?

O critério supremo do presidente Lula é a política, ou melhor, a sua vitória política, ou melhor, a permanência do seu grupo no poder. Ainda que fosse por acreditar que isso é algo bom para os brasileiros, que tipo de mentalidade está ensinando?

Evidentemente Lula e todos os que agem como ele fazem da política a mentalidade de que para vencer vale a pena qualquer coisa, ou seja, a minha verdade.

Nem todos os políticos são assim. O GPC tem buscado construir uma forma de fazer política baseada na valorização da pessoa, ou seja, naquele núcleo de desejo de verdade e justiça que existe em nós, que torna possível construir uma história comum.


O texto que apresentei abaixo trás o exemplo de um amigo nosso, Marcos Zerbini, reeleito deputado estadual, que faz política como algo que tem a ver com todos, uma política que não é relativa, mas está no caminho em busca do Absoluto na vida.

sábado, 13 de novembro de 2010

SOBRE AS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS

Veja este texto que está no site do movimento comunhão e libertação e que dá um juízo muito interessante sobre as eleições desse ano. Acesse o texto de Dom Filippo Santoro bispo de Petrópolis:
http://www.scribd.com/full/41863444?access_key=key-1yw7uicmoodxbjik4j2s

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

JOVENS RACISTAS E INTOLERANTES E ENEM 2010

CULTURA E POLÍTICA

Esta semana ocorreram três fatos que podem ser vistos isoladamente, mas que na minha opinião estão correlacionados:
1) Estudantes da UNESP que promoveram uma "brincadeira" chamada de rodeio das gordas com suas colegas obesas (Revista época da semana passada).
2) Estudantes de Direito de São Paulo que "twitaram" mensagens "contra" os nordestinos pela vitória maciça da Dilma no Nordeste.

O terceiro fato que parece não ser correlacionado em nada é o novo vexame do ENEM 2010.

Nos dois primeiros casos trata-se de evidente ato de desrespeito por semelhantes e cuja ocorrência não pode não ocasionar no mínimo asco, nojo, raiva, indignação e tantas outros sentimentos que fatos como estes nos ocasionam. Qualquer um de nós em maior ou menor modo já foi desrespeitado por alguém e sabe bem dimensionar para si o significado de algo deste tipo.

A pergunta que me vem imediatamente é quem são esses jovens. Aparecem nesse momento uma série de explicações lógicas, mas que na minha opinião não chegam ao fundo da questão.


AQUI ENTRA O AINDA NÃO RESOLVIDO FRACASSO DO ENEM 2010.
Podemos analisar sobre qualquer aspecto, mas trata-se de evidente desleixo dos responsáveis e desrespeito pelos anseios e aspirações de milhares de jovens que esperam encontrar caminhos para o seu desenvolvimento intelectual e humano.
Sabe-se lá quantas horas de estudo e dedicação, que o descuido de alguém pode levar a ser perdidos. Pensem que qualquer solução que seja dada não impedirá que alguém possa ser prejudicado. E se um único jovem for impossibilitado por motivo de doença de realizar um novo ENEM. Afinal de contas é só mais um.

Quanto vale a vida, o esforço o anseio de alguém, ainda mais de um jovem. Não é possível medir.

Mas o que tem a ver racismo e intolerância/desrepeito de jovens com desrespeito com jovens. Penso que seja um sinal de qual é o problema e a raiz de qualquer racismo, intolerância, desrespeito.

Podemos compreender por um ensinamento que Jesus nos deu: amar o seu próximo como a si mesmo. A minha identidade, o que sou é o critério para julgar os meus atos. Evidente que essa identidade é forjada no amor, como Ele nos falou. Amor que é respeito pelo diferente, que é dar de mim ao diferente, que é colocar o problema dele ao lado do meu como minha prioridade. Seja um ou mil ou milhões.

O desrespeito do ENEM é só um sinal de como a política, os responsáveis pela sociedade, os governantes tem tratatado especialmente os jovens. Pensemos nos milhares de jovens morrendo agora por causa do tráfico, da pobreza, da falta de horizontes.

QUAL A RESPOSTA? PARA NÓS DO GPC A EDUCAÇÃO A CARIDADE.

Em primeiro lugar o problema que enfrentamos é um desafio educativo, não porque usamos do exemplo do ENEM, ou porque tratam-se de jovens universitários, também por isso, claro, mas porque esses jovens estão sendo "educados por nós adultos responsáveis pela sociedade, governantes ou pais a essa intolerância e derespeito.

Porque educação à caridade. porque é educação ao amor, a uma humanidade verdadeira e capaz de dar de si mesmo ao diferente de respeitá-lo mesmo assim, não só porque quero ser respeitado assim, mas porque a felicidade dele tem a ver com a minha.

PENSEMOS O REFLEXO NÃO SÓ NO ÂMBITO INDIVIDUAL, MAS TAMBÉM NO COLETIVO, NA POLÍTICA.

UMA EDUCAÇÃO PARA A CARIDADE É UMA VERDADEIRA EDUCAÇÃO NA POLÍTICA PORQUE A POLÍTICA VERDADEIRA É SERVIÇO.

Essa educação deve acontecer no concreto, nos gestos como a Coleta de Alimentos que fizemos no dia 06 de novembro passado, e foi uma experiência para mim e muitas outras pessoas, inclusive muitos jovens, de que fazer o bem faz bem, de que de verdade a caridade é a forma mais humana de vivermos os relacionamentos, seja em casa, na escola ou na política.

SE VOCÊ PENSA COMO A GENTE ESCREVA, CRITIQUE, SUGIRA

terça-feira, 9 de novembro de 2010

DENGUE: DE NOVO?

SAÚDE

O PERÍODO DE CHUVA VOLTA. O PERÍODO DE CALOR VOLTA. E, COM TUDO ISSO, VOLTA O RISCO DE DENGUE.

NÃO É POSSÍVEL QUE SOMENTE AS AUTORIDADES PÚBLICAS (FEDERAL, ESTADUAIS E MUNICIPAIS) RESOLVAM O PROBLEMA DA DENGUE, MESMO QUE FAÇAM TUDO QUE LHES CABE FAZER.

HÁ A NECESSIDADE DE PARTICIPAÇÃO DE CADA UM DE NÓS.
POR ISSO REPUBLICO INFORMAÇÕES DE UMA MENSAGEM ANTERIOR.
SE VOCÊ TEM DÚVIDAS OU PROPOSTAS ME ESCREVA: scaranci.bhz@terra.com.br.


Dengue melhor prevenir que remediar

O QUE É?
A dengue é uma doença viral. Os vírus são micróbios contra os quais não se usa antibióticos, porque na maior parte das vezes saram sozinhas. O que pode agravar são as complicações dessas doenças.

COMO SE TRANSMITE A DENGUE?
A história começa com uma pessoa que está com dengue. Quem está com dengue, está com vírus da dengue no seu sangue.Quando o mosquito pica esta pessoa para sugar seu sangue, ele também fica contaminado com o vírus da dengue. Quando o mosquito que está com o vírus pica outra pessoa que está sadia, ele deixa o vírus na corrente sangüínea desta pessoa. Daí, esta pessoa pode ficar doente. Então, se outro mosquito picar esta última pessoa, começa tudo de novo; assim, a doença vai se transmitindo rapidamente para muita gente.

QUE A PESSOA COM DENGUE SENTE?
Uma gripe forte por 5 a 7 dias (na maior parte das vezes): Febre, Cefaléia (dor de cabeça)O , Dor retrorbitária (dor atrás dos olhos), Mialgia (dor muscular), Artralgia (dor nas juntas), Exantema (vermelhão da pele) e Dor abdominal discreta (dor na barriga).

É só isso que acontece? NÃO
A Dengue pode ser grave e matar (Dengue Hemorrágica). Esse jeito da Dengue se chama assim porque além dos sintomas da gripe forte aparecem hemorragias (na pele, na boca, nos dentes ou nos intestinos).

O QUE FAZER?
Se for a Dengue comum o doente deve manter-se em repouso, beber muito líquido e só usar medicamento para aliviar as dores e febre (paracetamol e dipirona). Não existe tratamento específico (antibiótico) contra a Dengue (doença viral). Neste caso o controle é feito no posto de saúde.

CUIDADOS:
Não devem ser usados remédios a base de Ácido Acetil Salicílico como Aspirina, AAS, Buferin, Melhoral, Doril, etc. Por causa da possibilidade de hemorragias (sangramentos).
Caso haja piora do estado do doente deve-se procurar orientação médica.
Como saber que está havendo piora? Dor forte na barriga, Tonteira quando muda de posição, Sangramento (ex: nariz, boca), Pontos ou manchas vermelhas ou roxos na pele e Vômitos freqüentes ou com sangue

O QUE FAZER SE HOUVER PIORA?
Procure o médico imediatamente.Não espere tempo nenhum.

É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR QUER DIZER:
Também quer dizer que se eu ou meus vizinho ou a minha comunidade não acabamos com os pontos de acúmulo de água, mas o agente de zoonoses municipal que deve visitar a minha casa e da minha comunidade seis vezes no anos fizer o seu trabalho de identificar, tratar e assim eliminar os focos a doença vai diminuir na minha cidade.


É MELHOR PREVENIR DO QUE REMEDIAR QUER DIZER:
Se o trabalho dos agentes não for feito ou se as pessoas não colaboram com ele, ficando muita gente doente, é preciso que elas sejam atendidas pela equipe da saúde da família e se apresentarem dengue hemorrágica serem encaminhadas para tratamento hospitalar, que se feito a tempo evitará que a pessoa venha a falecer.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

VITÓRIA DA DILMA: NÓS NÃO SOMOS ANTI-PETISTAS SOMOS CRISTÃOS

POLÍTICA E CULTURA

DILMA VENCEU. E EU VOTEI DUAS VEZES NO SERRA.

O que isso significará para mim, para nós do GPC (Grupo Política e Cultura)? O mesmo que para o restante de todos os brasileiros, de bom e de ruim.
Nós não somos anti-petistas, como se com a vitória da Dilma e a derrota do Serra estivéssemos derrotados. Não!

A nossa confiança não estava no Serra porque não está na política, vem antes dela. Vem da experiência cristã que fazemos.

A partir dela, julgando a realidade, escolhemos o Serra. Podemos ter acertado ou errado na escolha que fizemos; nossa certeza está no motivo/no critério que utilizamos para escolher, e é com base nele que olhamos para a nova situação: a vitória de Dilma e tudo o que virá em consequência disso.

É importante não perdermos as experiências que fizemos nessa eleição e percebermos que é assim que devemos olhar para a realidade social e cultural na qual vivemos. O que será feito das prioridades saúde, educação e segurança que foram eleitas tanto por Serra quanto por Dilma durante a eleição? Quais são as nossas prioridades? São as mesmas? Se sim, qual a situação delas no momento atual e no futuro? Qual a contribuição que podemos dar?

Participamos de um movimento maior, que é a Companhia das Obras, no qual uma centena de iniciativas são realizadas por amigos nossos que buscam responder às necessidades de educação, saúde, trabalho e moradia de pessoas que encontramos todos os dias. Esta é a nossa resposta, esta é a nossa proposta, esta é a maneira com a qual fazemos política e julgamos a política e o atual governo do Lula e o futuro governo da Dilma.

Uma dessas iniciativas é o Dia Nacional da Coleta de Alimentos, que faremos no próximo sábado (06/11/2010) em 37 cidades de todo Brasil e para o qual convidamos você a ser voluntário conosco.

Para entender mais o gesto da Coleta proponho o próprio texto de apresentação disponível no site http://www.cdo.org.br/coletadealimentos onde outras informações poderão ser obtidas:

Um gesto simples: uma pequena compra de alimento, doada para quem precisa. É uma ocasião, sobretudo, de encontro com alguém, com uma pessoa, com um voluntário que também está doando seu tempo e energia para afirmar que só o ato gratuito nos torna satisfeitos, só a caridade nos expressa por completo. Todos os dias nos sentimos incapazes de reagir e tomar atitude frente às dificuldades e injustiças que vemos ao nosso redor, dificuldades e injustiças que às vezes nós mesmos provocamos, e nos sentimos impotentes. Mas, a realidade nos provoca através de um encontro. Não através de um discurso ou apelo moral, mas de um encontro. E temos uma certeza grande: este encontro provoca a nossa disponibilidade a dizer “sim”, um sim capaz de mudar o nosso coração, de mudar o mundo.

É assim que queremos olhar para o nosso voto no Serra e para a vitória da Dilma. Propomos que continuemos a julgar todos os fatos da nossa sociedade assim, com um olhar que nasce de uma experiência e não de um discurso político, ainda que bom ou do bem.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010: COLOCAR OS PINGOS NOS IS

POLÍTICA E CULTURA

Colocar os pingos nos is é uma expressão que hoje é impossível de ser entendida.

Os jovens com a "cultura da internet" vivem uma série de mudanças comportamentais, entre elas as linguísticas, por exemplo a não utilização de acentos, e assim do pingo do "I". Sinceramente, não consigo ver o "I" sem pingo, mas de fato se um acento serve para demonstrar um som aberto ou fechado, por exemplo, no caso do "I", para que serviria o pingo? Como para escrever-se nesta nova versão da língua/internet (msn e outros) quanto mais fácil a digitação melhor: ai se vão os pingos dos is.

Talvez por isso seja tão difícil entender-se o que se fala hoje em dia, principalmente nas eleições. Não é póssível, ou talvez, não seja interessante, colocar-se os pingos nos is, que nesse caso seria dizer-se as coisas como elas são e não como é interessante que elas pareçam.

Hoje em dia, tudo é aparência.
Nas eleições o que vale não é mais a equipe que prepara o plano de governo, mas sim o marqueteiro que prepara as propostas, ou melhor as marcas, aquilo que tem que ser dito porque é aquilo que a população quer ouvir.

A saúde e educação aparecem sempre como prioridades e nesse caso, tanto Serra quanto Dilma, não fujiram a regra e tem como grandes metas de governo: saúde, educação e segurança. Mas, no final parece que é só aparência, que não é decisão de fato, que não é o pingo do "I".

Como escolher, como colocar os pingos nos is, nesse caso escolher um candidato, não porque disseram que ele é abortista ou privatizador, que é mais ou menos corrupto, mas porque parece
que ele e o seu grupo fazem política mais próximo daquilo que eu considero que seja o papel da política.
Falo parece, porque evidentemente somente um conhecimento profundo de uma pessoa permite ter um nível de certeza sobre ela. Não temos este conhecimento "certo" e "profundo" do Serra, muito menos da Dilma que é uma total desconhecida, inclusive do PT, que nem era seu partido, mas tornou-se porque as "circunstâncias" (entenda-se única e exclusivamente o interesse do Lula) mudaram.

Porque parece que o Serra e o seu grupo sejam esse candidato: porque na sua ação política fica mais claro que existem uma maior disposição ao diálogo com o diferente. Me lembro de um amigo que na época que o Serra era ministro, fez chacota, porque tinha estado no Ministério e havia somente propaganda do Lula e nenhuma do Serra. É evidente que existiam pessoas que apoiavam o ministro, porém, naquela época era grande o número de petistas no ministério, inclusive em cargos de chefia.
Foi só o PT entrar para que houvesse uma enorme mudança. Foram exonerados de cargos todo mundo (praticamente), inclusive os petistas que já estavam no ministério.

No caso da Dilma e do seu grupo (na verdade o grupo do Lula) é diferente. Eles não tem a mesma disposição e isso é uma conclusão (não é parece), porque é baseada na experiência do GPC de convívio com o PT.

Sendo assim, espero ter colocado mais pingos nos is da escolha do GPC pelo Serra.


terça-feira, 19 de outubro de 2010

PESQUISAS ELEITORAIS

POLÍTICA E CULTURA

Nos últimos dias principalmente após a definição do segundo turno para presidente iniciou-se, mais uma vez, uma discussão sobre a validade das pesquisas eleitorais. Penso que seja perceptível a influência que as mesmas tem numa parcela do eleitorado que tende a votar naquele candidato que lidera as pesquisas. Quem de nós já não ouviu a expressão: " Eu não perco o meu voto( ou seja, voto em quem vai ganhar).
É evidente também que essas discussões do ponto de vista dos candidatos ocorrem quando esses resultados contrariam o meu objetivo, que evidentemente é a vitória eleitoral.
Ocorreram evidentes equívocos como no caso do Paraná quando a partir de um certo ponto as pesquisas indicaram uma virada, que não se confirmou no resultado eleitoral inclusive com vitória já no primeiro turno.
Ou o caso do IBOPE que deu em pesquisa de boca de urna (ou seja, aquela que em tese estaria mais próxima do resultado) vitória da Dilma em primeiro turno.

De qualquer modo duas coisas me chamaram a atenção:
1) Como pode um Instituto de Pesquisa que foi contratado continuar fazendo pesquisa que são divulgadas para o grande público. O instituto é o Vox Populis e o contratante é o PT. Chama a atenção que essa mesma iinstituição por uma situação absolutamente inexplicável tem dado os resultados mais favoráveis para Dilma.
2) Pior que isso. Os resultados são divulgados como se tivessem alguma base estatística, inclusive com margem de erro. Segundo eu ouvi de um pesquisador da área a metodologia das mesmas foi copiada de pesquisas americanas feitas por telefone com amostragem obtida aleatoriamente, ou seja, em tese com representatividade da população. No nosso caso a amostra é obtida não de forma aleatoria, mas como se chama neste caso de modo sistemático, sendo assim com maior probabilidade de problemas e neste caso sem nenhuma representatividade confiável, e que segundo ele não faz nenhum sentido qualquer margem de erro

SENDO ASSIM: as nossas pesquisas mais que qualquer outras devem ser ouvidas com todo cuidado. Imagine só se no nosso país um instituto é contratado por um dos interessados, que nível de confiança é possível.

Por isso o GPC acredita que esse problema somente pode ser resolvido de um modo:
1) Qualificando em primeiro lugar o eleitor: isso somente pode ser feito com educação. Por isso de novo afirmamos a nossa grande prioridade política: EDUCAÇÃO.
2) Qualificando a política: ou seja, se um instituto for contratado por um partido NÃO PODE MAIS FAZER PESQUISAS A SEREM DIVULGADAS NA IMPRENSA. É O MÍNIMO DE SERIEDADE QUE SE ESPERA POR MAIS QUE INTERESSE GANHAR AS ELEIÇÕES É NECESSÁRIO UM MÍNIMO DE RESPEITO COM O POVO BRASILEIRO.
Certamente qualificar a política é debater, buscar que a minha decisão represente um ato consciente e contínuo, ou seja , política não se faz somente nas eleições.

Estas parecem ser as verdadeiras prioridades no tema pesquisa eleitoral, o resto é balela de quem quer ganhar a qualquer jeito.

ESTA É A NOSSA PROPOSTA SE VOCÊ CONCORDA COM ELA VENHA PARTICIPAR COM A GENTE, POIS ESSA É A ÚNICA E REAL POSSIBILIDADE DE QUALIFICAÇÃO DA POLÍTICA NO BRASIL: QUE PESSOAS COMO NÓS SE INTERESSEM POR ELA POR SE INTERESSAREM PELA VIDA DE CADA PESSOA QUE VIVE AO NOSSO LADO

VENHA CONOSCO.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SEGUNDO TURNO À VISTA

POLÍTICA E CULTURA

Iniciamos ontem, através de um debate, efetivamente o segundo turno entre Dilma e Serra. Não houve nada de interessante.

É impressionate como eleição é o contrário de proposta. É antes de tudo imagem. Prova disso que a figura mais importante depois (ou talvez até antes) do candidato é o marqueteiro. Um marqueteiro é um indivíduo/profissional q1ue se especializou em produzir campanhas eleitorais.
É impressionante porque se falarmos, até mesmo com os dois atuais candidatos eles dirão que o importante são suas propostas. Ok, quais são?? Difícil saber.
Houve uma atenção a três temas: educação, saúde e segurança. Grande vantagem, qual candidatura neste país não diz que elas são suas prioriodades.

Por isso nós do GPC não apoiamos debates como critério de escolha de qualquer candidato. Porque não são as palavras o critério. Infelizmente elas perderam qualquer contato com o real, muitas vezes significam o contrário do que queriam informar.

Como fazer?
Adotamos como critério apostar em candidatos que se mostrem abertos a uma visão da política como algo a serviço da pessoa, cujo principal sinal é como ele vê a relação entre estado e sociedade.
Nós adotamos como critério o princípio da Doutrina Social Cristã da Subsidariedade: se uma sociedade menor consegue enfrentar um problema, a sociedade maior deve apoiá-la e não substituí-la.

Assim, nos interessa saber se na prática política o candidato adota na sua vida pública propostas que são subsidiárias a sociedade ou se tem uma visão estatista. Por visão estatista entendemos a compreensão de que é o estado a fonte de todo o social, a um ponto máximo priscindindo integralmente da sociedade, como são e foram os governos totalitários.

É verdade, não temos um governo totalitário no sentido estrito do termo, mas será que um governo que incentiva a crença de que o presidente seja entendido como pai do povo e que qualquer crítica é entendida como tentativa de impedir o avanço da democracia e, se necessário for, acabamos com liberdade de imprensa ou com aquele partido que precisa ser eliminado, não é de fato totalitário?

Sendo assim, apoiamos aquele que mais parece por sua história subsidiário a sociedade (incluindo ai seu partido ou grupo de apoio) na sua prática política, preferencialmente se em nossa ação social pudermos constatar isso como uma experiência nossa.

Apoiamos Serra porque temos a experiência que ele e seu grupo respeitam nas sua ação política/de governo mais essa visão da subsidariedade que Dilma e seu Partido (incluindo dentro disso principalmente o seu dono, o presidente Lula).

Abrimos o debate esperamos sua contribuição. venha conosco.