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terça-feira, 3 de julho de 2012

DAQUI A POUCO PERÍODO ELEITORAL, COMO POSICIONAR-SE?

Dia 07 de outubro deste ano haverá eleições municipais para prefeitos e vereadores. Em pauta os principais problemas das cidades brasileiras.

Mas será esse o tema?

Vamos seguir o debate, vamos nos posicionar e escolher quem realmente apresentar propostas para enfrentar os principais temas.

O primeiro tema que ocupará parte das discussões é o tema da ética. Na maior parte das vezes esse será tema inflamado dos discursos: quem fala, falará de sua ética e quem é atacado, será identficado com a corrupção. Mas adianta ética de discurso? Não, são necessárias práticas éticas, que significam TRANSPARÊNCIA na gestão pública e nas ações de todos os agentes públicos, como por exemplo a proposta de voto aberto e a lei da informação.

Outro  tema é a saúde que certamente precisa de recursos e gestão. Muito tem sido feito no SUS, mas hoje voltou com muita força a necessidade de financiamento adequado. O nível federal está diminuindo a sua participação, o governo estadual ainda não atingiu o nível necessário e o municipal que sempre ficou acima do nível mínimo legal (15%) no momento tem começado a pleitiar que o mínimo é o máximo.

A educação é a primeira prioridade. Como comentei outras vezes neste blog aparece sempre nas discussões eleitorais, mas muito tem que ser feito a começar das condições de trabalho dos professores.

Aparecerá também o tema da segurança e o do transporte urbano que hoje cada dia mais tomam conta da preocupação de todos os cidadãos.

Agora com a voz políticos e cidadãos, vamos participar!

terça-feira, 26 de junho de 2012

ESCOLHAS: LULA+MALUF, RIO+20 E LUGO-FRANCO

Três assuntos tomaram as páginas de jornais, revistas e sites: a aliança de Lula e Maluf em prol da candidatura de Fernando Haddad do PT a Prefeitura da cidade de São Paulo, o encerramento da Conferência Rio+20 sobre Desenvolvimento Sustentável e o impeachment do ex-presidente Fernando Lugo do Paraguai e a posse de Federico Franco que era o seu vice.

Penso que o tema que conecta os três assuntos é a política, ou melhor, as escolhas que indivíduos e coletivos fazem frente a organização da sociedade. Em qualquer dos três casos a controvérsia pública de opções de diferentes grupos é uma marca clara também.

No caso do acordo de Lula com Maluf o tema da escolha controversa é evidente. Os dois se atacaram mutuamente durante os últimos quarenta anos como se opostos fossem. Agora o último grande projeto do Lula que é impedir uma nova vitória do PSDB em São Paulo fez com que se tornasse necessário esse acordo.

Ninguém em sã consciência imaginará que qualquer envolvido leva a sério tal aliança, mas porque fazê-la? Certamente envolver pessoas que ouviram Maluf se opor diametralmente a Lula e ao PT fazendo com que agora acreditem que mudaram e é melhor votar neles.

Me pergunto como alguém que apoiou a vida inteira Maluf com tudo com o que ele tem de anti-petismo na sua carreira pode agora deixar-se enganar de tal maneira? São escolhas também.

No caso da Rio+20 é uma luta entre governos e ambientalistas, mas os governos estão divididos entre ricos e emergentes/ pobres. O problema  em questão é como resolver a equação crescimento econômico, redução de pobreza e manutenção do ambiente?

Os governos de modo geral defenderam o documento final, os ambientalistas o atacaram como superficial e sem avanços concretos, ou seja, metas ambiciosas. Mas os governos, seja ricos, emergentes ou pobres, gostaram exatamente porque houve um documento genérico, que na prática não mudará nada dos seus objetivos no curto prazo.

Em Assunção, Paraguai, ocorreu o impeachment do ex-presidente Lugo pelo Congresso Paraguaio, o mais rápido da história mundial, tudo dentro da lei do país segundo as informações disponíveis.

De um lado estão uma grande parcela da população paraguaia, que estava considerando o governo como um grande inimigo, inclusive fazendeiros brasileiros que vivem por lá e de outro os governos do Brasil, Venezuela e aliados que não conseguiriam aceitar a deposição de um seu aliado, mesmo que esse processo tivesse demorado uma década.

Como falei anteriormente os três casos apontam como o que divide as pessoas na política são as escolhas que fazemos individual e coletivamente. No três parece impossível conciliar em cada um deles os dois grupos divergentes.

O que pode ser um caminho político frente a tanta discordância entre pessoas e povos?

A democracia é o único caminho. Democracia é busca constante de diálogo entre divergentes. Porém, não é possível sem identidades claras, ou seja, ou Maluf e Lula sempre foram iguais ou é de fato um absurdo que neguem tanto a sua identidade para obter uma vantagem política. Não tem como isso contribuir socialmente.

No caso de Lugo é justo que governos de países vizinhos decidam se o processo institucional de um outro país foi politicamente correto? Será que tudo que Chavez tem feito de anti-democrático na Venezuela é mais democrático do que ocorreu no Paraguai? Assim, considerar a minha identidade como A CERTA não contribui para a democracia, como aliás a própria Venezuela de Chavez exemplifica.

Entre ambientalistas e governos ricos ou pobres, fico com os que defendem o ambiente porque na minha opinião defendem algo de real interesse do povo.

Quais são as suas escolhas na política? O importante é que tenhamos a nossa identidade pessoal e grupal clara pois é a nossa forma de contribuir socialmente, mas isso nunca torna necessária a eliminação da identidade dos outros,  pois a riqueza  está  na sua  mescla  e  não  na  eliminação  da diferença  como  querem  alguns.

E você o que pensa?

terça-feira, 19 de junho de 2012

RIO + 20: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. MAS O QUE É ISSO?

RIO + 20 é a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável que está se realizando desde quarta-feira passada, dia 13 de junho, até a próxima sexta-feira dia 22 (veja o site oficial).

Em 1972  foi realizada a primeira conferência em Estocolmo na Suécia, cujo  tema  foi o Homem e o Meio Ambiente. A segunda conferência, a ECO 92, foi realizada 20 anos depois, em 1992, no mesmo Rio de Janeiro e o tema era MEIO AMBIENTE e DESENVOLVIMENTO.

Da temática inicial passamos a discussão de como continuarmos crescendo sem que tornemos o nosso futuro e das próximas gerações inviável,  o tema da sustentabilidade conforme explico na página ao lado (leia) e chegamos ao tema do desenvolvimento sustentável na  RIO + 20.

A Conferência tem dois temas principais: A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e a estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável. Estes assuntos dividem entre si os países ricos e os emergentes/pobres.

A meu ver a grande questão é como  manter o CAPITALISMO vivo num mundo de crise do capitalismo. 

Mas como ficam as condições de sobrevivência da humanidade? Este não é um assunto puramente econômico, ainda que evidentemente passe por ele. Assim o ecológico, o humano e seu ambiente que era o tema central em 1972 está cada dia mais fora do centro. Mas porque isso aconteceu?

O mundo econômico foi obrigado a assumir esta agenda pois a sociedade de hoje está cada dia mais informada dos riscos do desenvolvimento econômico tal e qual vem sendo realizado nos últimos séculos e tem imposto o tema da sustentabilidade.

Pressiona cada dia mais, ainda mais num momento em que o modelo econômico vem mostrando as suas fraquezas, como fica claro na crise atual em que, principalmente os países ricos, se vêem a cada dia sem uma perspectiva de saída.

Essa é a discussão que coloca de um lado, os ambientalistas e de outro, os que tranformaram o tema da sustentabilidade no desenvolvimento sustentável (aspecto econômico), ou seja, os ricos e os poderosos.

Os ambientalistas são às vezes exagerados e nem sempre dizem a verdade. Mas entre eles e aqueles que tem como objetivo principal a manutenção de um sistema econômico, fico com o primeiro grupo que com certeza busca a manutenção da humanidade em níveis humanos e não puramente financeiros.

Hoje, como nos últimos 40 anos, somos nós, o povo, que podemos fazer a diferença.

PARTICIPA BRASIL.

terça-feira, 12 de junho de 2012

O MENSALÃO VAI SER JULGADO EM AGOSTO! E DAÍ?

O STF marcou o início do julgamento do mensalão para 01 de agosto deste ano. A denúncia foi apresentada na imprensa em 2005, o processo foi iniciado no supremo em 2007. Ou seja um longo processo que chegará ao fim. Mas e daí? Merece a ênfase que vem tendo na imprensa?

Na minha opinião, sim.  Que ele chegue ao fim é um passo muito importante para a democracia brasileira, porque é necessário entender se nesse país somente ladrão de galinha é preso, se existem duas justiças nesse país.

Porém, o modo como o julgamento vem sendo tratado, a grande repercussão na imprensa, dá a imprensão de que a finalização do julgamento do mensalão por si só resolva o problema de corrupção do país.

Ele é importante para a democracia. É importante para o Judiciário mostrar que é um poder interessado em construir um país mais justo para todos, mas a finalização do processo, evidentemente, não acabará com a corrupção no país.

Infelizmente ela continuará existindo e somente o processo político pode ser o caminho para enfrentá-la.

Somente quando a questão da ética na política deixar de ser mero discurso e se transformar em propostas concretas que levem a uma maior transparência na administração pública em todos os níveis e poderes. Isso nos levará a um caminho concreto de enfrentamento da corrupção.

Por isso, esse ano é um bom momento para iniciar esse caminho ao identificar políticos realmente comprometidos com a ética, não como discurso mas com prática, como propostas.

terça-feira, 5 de junho de 2012

PORQUE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA É CONTRA O CIDADÃO!

Resolvi escrever esta postagem após o relato da minha esposa. Ela busca receber o que considera seu direito como servidora municipal  aposentada de Belo Horizonte e, por isso, procurou um advogado que vem trabalhando com outras pessoas em situação semelhante. Ele mostrou que uma lei federal na qual se baseia a lei municipal garante este direito como líquido e certo.

Se é liquido e certo porque há necessidade da justiça?

Eu já tinha falado para ela se aposentar  e não ficar esperando para ver se  receberia o "combinado" com a administração municipal. Fiz isso porque nos anos que trabalhei na administração pública pude perceber que o gestor público segue sempre o raciocínio de "defender" o erário público. Se há direito, que o interessado entre na justiça buscando o seu recebimento. Como muitos brasileiros não acreditam na justiça o erário público ficaria "defendido".

Assim o raciocínio da gestão pública é defender o estado em detrimento do cidadão, servidor público ou não.

Nós nos acostumamos com um modo do estado brasileiro se comportar que consideramos normal algo que não é normal, muitas vezes é ilegal.

Mas se há lei, como no caso da minha esposa e dos seus colegas aposentados, porque isso acontece?

Na minha opinião entre outros motivos porque a lei tem brechas que permitem uma interpretação, não é suficientemente clara. Exige sempre ser interpretada.

E porque isso acontece? Porque quem faz as leis é o poder  mais desqualificado entre os três poderes, o legislativo, seja em função da maioria dos seus componentes, seja em função do que a maioria do povo brasileiro pensa dele.

Este ano há eleições municipais. De modo geral percebo que nós nos preocupamos muito com quem será o prefeito, mas com os vereadores escolhemos na última hora. Nem sei quem são, os candidatos. Em BH são 1500, praticamente todo mundo tem um amigo ou parente que é candidato.

Tenho visto muitas pessoas reclamarem da situação da nossa Câmara Municipal. Foram vereadores pegos de cueca, com suspeita de mau uso do dinheiro público, com apelidos que não indicam um bom motivo para ser vereador.

Mas como escolhemos o nosso vereador?

No que vejo na conversa com as pessoas votamos porque é meu parente ou amigo, porque fez alguma coisa de meu interesse, porque me ofereceu alguma vantagem pessoal ou grupal. Existe casos e não são poucos que essa escolha é feita pouco antes do voto quando recolho do chão, entre milhares de santinhos, a propaganda de algum candidato que será o meu escolhido.

A situação dos legislativos estaduais e federal não é muito diferente. O legislativo é o poder onde deveriam estar representados a maior parte dos segmentos sociais. Ele é responsável pela criação do arcabouço jurídico institucional que interfere com a vida de todos nós. Ele determina como funciona o executivo e o judiciário.

Porém, será que conseguiremos isso com o tipo de escolha que a maior parte das pessoas fazem? Eu penso que não. E sendo assim continuaremos sendo obrigado a buscar nosso direito na justiça, a gastar para vermos os nossos direitos respeitados.

Um legislativo fraco leva a democracia fraca (veja postagem anterior sobre esse assunto). Infelizmente não basta procurarmos escolher bem o prefeito, o governador ou o presidente se não tivermos a mesma atenção na escolha de vereadores e deputados.

Para mim o único modo de termos um resultado melhor é que participemos na construção de candidaturas, não é somente votar, mas ter a nossa marca pessoal na candidatura que no final será votada, mas como conseqüência de um processo e não como o desleixo de qualquer um serve, só voto porque tenho de votar.

PARTICIPA BRASIL!

terça-feira, 29 de maio de 2012

QUAL A VERSÃO VERDADEIRA: DO LULA OU DO GILMAR? O QUE NOS INTERESSA?

Meu amigo me desculpe! Tenho de comentar o encontro entre Lula e Gilmar Mendes do STF noticiado esta semana com grande ênfase pela Veja e repercutido em toda imprensa. Digo isto porque semana passada um grande amigo criticou as minhas postagens dizendo que somente repetem as denúncias da imprensa e não fazem proposta. Respondo a ele tomando como tema este encontro e espero deixar claro, ao final, a minha proposta.

Insiro quatro versões do mesmo fato para partir do que realmente esta na imprensa: fala do ministro do STF Gilmar Mendes (leia), fala do Lula (leia) e dois editoriais da Folha de São Paulo com opiniões diferentes sobre o mesmo assunto - Janio de Freitas e Eliane Cantanhêde.

A minha opinião é que o encontro aconteceu realmente, mas se Lula fez ou não a tentativa de alterar a data de julgamento do Mensalão conforme alegado pelo Ministro Glimar nunca saberemos. Certamente cada um tem o seu interesse  no que fez.

Mas de que adianta falar deste assunto neste blog?

Ouvi de alguns amigos que a revista Veja está fazendo uma campanha sistemática contra o PT e Lula, por isso não seria  confiável,  tornando o assunto do encontro ou qualquer outro sem interesse. Assim, segundo eles devemos desconsiderar essas opiniões (que como qualquer opinião é algo parcial) e pautar a discussão política em propostas.

A primeira pergunta é: em que mundo estas propostas serão trabalhadas? Neste em que existem encontros como do Lula e Gilmar, que decisões que interferem com a vida de todos são tomadas e nós nem ficamos sabendo.

Por isso tenho tomado muitas vezes e continuarei tomando as reportagens de Veja ou de qualquer veículo de informação para iniciar a discussão deste blog.

Tomar como ponto de partida estes "fatos jornalísticos" não significa concordar com eles, mas o objetivo é me posicionar sobre eles e apresentar a minha opinião e propostas políticas.

Neste caso eu penso que não me interessa nada se Veja é contra Lula, se Fernando Henrique pode ter feito algo semelhante ao Lula, mas me interessa ver julgado o mensalão pelo STF e ver condenados todos aqueles que cometeram crimes, se cometeram.

Na minha opinião isto faz bem a democracia do nosso país.

Por isso tendo a estar a favor do Gilmar porque tem feito todo esforço que lhe cabe como ministro para que o julgamento ocorra, mesmo que faça isso porque é contra o Lula como citado acima. Ao mesmo tempo tendo a ser contra a atitude assumida pelo ex-presidente de tentar "melar" ou dar uma outra versão ao mensalão, porque isso somente interessa a ele e amigos, não interessa ao restante dos brasileiros. Eu não posso concordar com isso.

A conclusão e proposta que tenho feito nas minhas postagens e que resumo aqui são:
- como enfrentar essa situação? Com o nosso voto e com a nossa participação política. No meu caso propus com amigos o Grupo Política e Cultura (GPC);
- para posicionar-se frente ao que é veículado na imprensa a solução não será nunca desconsiderar, não falar, não debater;
- é fundamental que a educação torne-se a prioridade número um deste país, como sempre propusemos no GPC, para que todos possam ler, ouvir e assistir qualquer notícia sobre qualquer pessoa e ter a sua posição;
- e por último para enfrentarmos as corrupções e maracutais da nossa política e de nosso políticos, juristas, jornalistas, médicos e outros a nossa proposta é TRANSPARÊNCIA. Por isso sou totalmente favorável ao voto aberto (existem votos do legislativo que são secretos) como hoje está em debate na Câmara Municipal de Belo Horizonte. Essa proposta não resolverá tudo, mas é um passo neste sentido.

QUAL A SUA OPINIÃO?

terça-feira, 22 de maio de 2012

O SHOW DO CACHOEIRA

Hoje o "empresário" Carlos Cachoeira foi testemunhar na "sua" CPI. Ficou calado a maior parte do tempo. Nas poucas frases que fez mostrou o seu profundo "respeito" pela lei:
"Como manda a lei, boa tarde para todos."
"Primeiramente, boa tarde, senhores e senhoras. Estou aqui, como manda a lei, para responder o que for necessário. Constitucionalmente, fui advertido pelos advogados a não dizer nada e não falarei nada aqui. Somente depois da audiência que vamos ter com o juiz, se, porventura, achar que eu deva contribuir, pode me chamar que eu virei para falar e responderei a qualquer pergunta."

E por ai foi, sempre em respeito a lei, conforme a orientação dos seus advogados (leia mais).

O advogado do "empresário" é o advogado Márcio Thomaz Bastos, que foi ministro da justiça do governo Lula. Por sinal, ou por "coincidência", está envolvido na defesa de um dos acusados do Mensalão. Aliás, foi ele que pensou toda a estratégia da defesa do mensalão pelo governo Lula. Como podemos ver uma figura emérita.

Muitas vezes já ouvi que neste país só ladrão de galinha é que vai para cadeia, será que é verdade?!

Estarão aí nos próximos meses os casos "Mensalão" e Carlos Cachoeira para sabermos se isso é verdade.

Se de um lado devemos batalhar para que a justiça seja justa, é inegável que o que aconteceu hoje na CPI foi uma tremenda palhaçada.

Se é um direito de uma figura como o Cachoeira ficar calado, para que fazer uma CPI?

Se todo mundo que for chamado tem esse mesmo direito, de que adianta fazer essa CPI? Ou qualquer outra que foi feita.

Fica claro que as CPIs antes de mais nada servem de teatro.

Não tem outra finalidade!

Nós os cidadãos ficamos assistindo como se fosse servir para alguma coisa.

Na verdade a vida política do nosso país resume-se muitas vezes a uma grande CPI, somente teatro. E o que é pior sustentado pelo nosso dinheiro.

A imagem do Carlinhos Cachoeira sorrindo na CPI (veja) é a imagem dos poderosos deste país, os que tem o senhor Thomaz de advogado.

Nós estamos rindo de que?

Só nos resta cuidar bem do nosso principal direito político:

CUIDAR DO NOSSO VOTO!

terça-feira, 15 de maio de 2012

A PARTICIPAÇÃO DE TODOS FAZ DO VOTO DEMOCRACIA, NÃO CORRUPÇÃO

Semana passada coloquei em paralelo a recente eleição da França com a situação política no Brasil. Não havia nenhuma intenção de colocar a França como um exemplo de democracia para o Brasil.
 
Na minha opinião, não somos nem mais nem menos corruptos que franceses ou qualquer outro povo do mundo.
 
A principal diferença é que a prisão em casos de corrupção (como Mensalão e Cachoeira) é "menos frequente" em nosso país do que em outros.
 
Porque?
 
As nossa instituições não são suficientemente sólidas: o executivo vive muitas vezes a merce de interesses privados que nada tem de público (como o caso Cachoeira evidencia em abundância); o judiciário muitas vezes arvora-se de legislador (como no caso do aborto de anencéfalos) em outras de executivo (como no caso da discussão recente no STF sobre o PAC). Quando julga (o que é o seu papel de fato) toma atitudes das quais não se entende o beneficiário (como no caso recente da "dispensa do Cachoeira" de ir à CPI). O beneficiário sempre deveria ser o povo brasileiro.
 
Eu ia me esquecendo: temos também um legislativoNem sabemos o que faz: qual projetos de interesse público você sabe dizer foi votado na atual legislatura da Câmara municipal de sua cidade? Eu confesso que não sei. Qual o debate importante está ocorrendo no momento atual da sua Assembléia Legislativa ou no Congresso Nacional?
 
Todos sabemo que hoje o Congresso está as voltas com a CPI, mas fora isso que mais?

Com um legislativo assim como pode haver uma democracia? Sem esse poder ou quem julga legisla ou legisla quem executa.

Qualquer um dos casos não faz bem para a democracia.

Como sempre tenho falado aqui o único modo de mudança dessa situação é: em primeiro lugar colocar a educação como prioridade real e em segundo a participação de todos.

A nossa participação não pode significar simplesmente o voto que vamos dar no dia 07 de outubro desse ano.

É preciso participar da construção de uma candidatura, de tal forma que votar seja o resultado e não o fim.

PARTICIPA BRASIL!

terça-feira, 8 de maio de 2012

VOTO: DEMOCRACIA OU CORRUPÇÃO

Talvez aquilo que mais representa a Democracia é o voto, mas muitas vezes esquecemos o valor  que o nosso tem.

Quem de nós acredita, de fato, que o seu voto tenha algum peso?

O que aconteceu domingo na França demonstra que tem. Foi eleito Hollande que venceu o presidente Sarkozy contra o consenso dos governos europeus.  O povo francês votou contra as reformas econômicas que estavam sendo implementadas a partir desse consenso.

Cairam bolsas em todo mundo, mas o povo francês (ou a maioria dele) fez a escolha que achou melhor.

COMO? COM O VOTO. Voto  da  maioria claro, mas  este é composto pela soma de votos individuais.

Talvez muita gente na França ao sair de casa pensava: de que adianta eu votar no Hollande se o mundo quer o contrário.

Isso é a democracia!

Na democracia porém o mesmo voto que tem o poder de mudar um país, pode levá-lo a bancarrota (se o consenso internacional estiver certo no caso Francês) ou a um estado de corrupção, como a revelada  pelo caso Cachoeira/ Delta,  onde pode ser percebido  a  promiscuidade  que  existe  no Brasil  entre  políticos  e  meios ilícitos de enriquecimento. 

O Demóstenes foi eleito de modo tão democrático quanto Hollande - PELO VOTO de pessoas como você e eu. Como os franceses, quem votou  nele  também  queria melhorar a sua vida.

Ai está o valor do voto: o peso enorme que tem na vida de um povo. 

O nosso voto, o de cada um  de nós, pode contruir democracia ou uma cachoeira de corrupção. A escolha é de quem vota, de ninguém mais.

terça-feira, 1 de maio de 2012

O QUE VALE NA VIDA? AMIZADE E AMOR.

Este fim de semana prolongado foi de festa aqui em casa por causa do batizado do meu neto Virgílio. Fizemos uma reunião de família e amigos para festejar durante esses dias.

Na cerimônia o nosso amigo Padre Tom lembrou que o dia do batizado é mais importante que o dia do nascimento porque o que vale na vida é ter nascido em Cristo (batismo) que torna possível ao homem a verdadeira vida.

NÓS NASCEMOS PARA SER FELIZES!

O que nos leva a ser felizes?

Além de tudo que o nascimento do Virgílio tem suscitado em nós, estes dias que festejamos o seu "novo nascimento" foi um momento de alegria e felicidade porque foi um momento marcado por uma amizade que é de sangue (meu irmão, meu sobrinho e seu cunhado com esposas e filhas), mas que nasceu do espírito, de um amor que vai além de um mesmo nome, de uma família marcada por um amor que vale tudo na vida.

O que nos faz felizes?

A amizade que temos: amar e ser amados!

Estes dias me ensinaram isso em profundidade!

terça-feira, 24 de abril de 2012

QUANDO UMA CACHOEIRA LEVA A UM DELTA

Aquilo que ainda não foi visto na natureza uma cachoeira que leva a formação de um delta, na política brasileira aconteceu. A investigação do caso de Carlinhos Cachoeira que envolveu de início o senador Demóstenes Torres e quatro deputados de menor importância, passou pelo Governador do Distrito Federal e desembocou na Empresa Delta Construções.

Dois detalhes políticos importantes a Delta foi a empresa que mais recebeu recursos federais nos últimos anos (desde o governo Lula, principalmente no último ano) e a Veja desta semana (Editora Abril nº 2266 - ano 45 - nº17)retomou uma denúncia do ano passado de que quem introduziu a empresa neste circuito foi nada mais, nada menos que o grande consultor de empresas José Dirceu.

Para mim essa cachoeira de notícias só revela uma coisa: o nível de corrupção da política brasileira que permeia quase todos os partidos políticos brasileiros.

Neste ponto podemos chegar a duas conclusões:
- igual a dos políticos - somos todos iguais, a minha corrupção é igual a de todos, assim, nem é algo realmente importante. Talvez voltemos ao velho: roubo, mas faço.
- igual a minha e de tantos - temos que fazer alguma coisa, temos que participar e colocar algo de ético no meio de tudo isso, como alguns já tem feito (sim eu conheço políticos que tem trabalhado nessa mesma proposta).

Um outro tema vinculado ao caso é que toda essa movimentação seria uma cortina de fumaça para desviar a atenção da finalização do julgamento do caso mensalão pelo STF (que segundo Lula não passaria de uma grande fraude da imprensa e dos conservadores).

De qualquer maneira qual seja a intenção da cachoeira de notícias o importante é que tudo seja esclarecido tanto na CPI do caso Carlinhos Cachoeira quanto o do mensalão. Porém, isso não bastará!

No último final de semana houve uma intensa manifestação contra a corrupção. Isso é importante, mas não basta.

Se não houver uma importante mudança dos atores principais, mudarão somente os assuntos. Antes mensalão, agora envolvimento com Cachoeira.

terça-feira, 17 de abril de 2012

O MEU NETO VÍRGILIO NASCEU, COMO NÃO FALAR NELE?

O meu neto Virgílio nasceu quarta-feira passada, dia 11/04, eu não "podia" falar de outro assunto hoje. Porque?

Porque a vida de uma pessoa é algo que se impõe!

É um fato que não pode ser definido por nenhum discurso.

A minha família não tem outro tema de interesse desde então. A cada assunto o Virgílio é citado.

Mas ao falar dele como não me perguntar sobre o seu futuro? O que o espera? Quando ele estiver com a minha idade como ele verá o mundo que nós passamos para ele, que eu passei para ele?

Na nossa sociedade, existe uma mentalidade dominante para a qual  uma vida humana  só tem valor se tiver interesse para o poder, que em resumo é  o seu valor econômico.

Mas para nós o Virgílio tem um valor que não dá para relatar aqui, ele já mudou as nossas vidas. Dos pais a mudança está estampada nos olhos, a alegria e as olheiras das poucas horas de sono. Para nós avós e tios a mudança é uma pouco mais tranquila, porém também muito profunda.

A experiência que iniciamos esta semana certamente é mesma de outras famílias em momentos semelhantes.

Como olhando para o Virgílio não pensar em todas as crianças que nasceram nesta semana?

O valor delas no mundo é o mesmo!

Mas porque o mundo teima em não valorizá-las, em considerar que o seu valor é de uso, como se fossem coisas e não pessoas?

O Virgílio está no meu coração e da minha família, com sua presença ainda tão pequena, a gritar o contrário: a vida, as pessoas tem um valor e não deveriam nunca ser reduzidas a coisa.

Cada um de nós que viu o Virgílio não pode não pensar em Deus, em Cristo. É esse o seu grito no nosso coração.

É esse o valor de cada pessoa. Nos chama para Algo maior que nós. Por isso nenhuma vida pode ser tirada, não existe razão para isso, nada pode justificar.

Toda vez que em nossa sociedade alguém (os iluminados) insiste que a vida de uma pessoa é o seu uso, faz uma violência, cria violência no mundo, porque justifica, assim, tantas atrocidades que são feitas.

Toda violência (de pensamento ou armada) na sociedade destrói o humano.

E nós como nos colocamos diante disso? Os Virgílios nos pedem uma resposta!

terça-feira, 10 de abril de 2012

SAÚDE: ESTÁ MELHOR OU ESTÁ PIOR?

No dia 07 de abril é comemorado Dia Mundial da Saúde cujo tema em 2012 é Envelhecimento e Saúde e o slogan «Uma boa saúde para um envelhecimento mais saudável».
Mas afinal de contas como anda a saúde do brasileiro, melhor ou  pior?

De modo geral as análises apontam avanços e retrocessos.

São citados como exemplo de vitórias comseguidas o nosso programa de imunizações, a redução da mortalidade infantil, programa de controle da AIDS e o programa de transplantes entre outros.

Mas, aí vem a Globo e revela toda semana o problema das filas para internação, para consultas, para cirurgias e para piorar revela o esquema de corrupção nos hospitais federais do Rio de Janeiro.

Afinal de contas a Saúde do Brasil, ou melhor, dos brasileiros vai bem ou mal?

Será possível envelhecer com saúde no Brasil?

Bom, sabemos que cada dia temos mais pessoas idosas no país, o que certamente indica melhoria de condições de vida, mas com saúde?

Mas porque temos essa situação? Ou como podemos garantir uma boa saúde para um envelhecimento mais saudável?

Vai da aí a discussão principal: mais recursos ou mais gestão?

Mais recursos com mais gestão com certeza!

Iniciou este ano uma proposta de emenda popular para obrigar a aplicação de mais recursos na saúde? Você já soube? Procure saber e participe!

Este é o modo para contribuirmos para mais saúde no país.

PARTICIPA BRASIL! GARANTA MAIS SAÚDE NO PAÍS, PARTICIPE!

terça-feira, 3 de abril de 2012

BRASIL PAÍS DA MENTIRA OU DA VERDADE!?

O último caso de corrupção em evidência na imprensa é a revelação de uma íntima relação entre o senador Demóstenes Torres ex-DEM (acabou de ser noticiado que ele saiu do partido) e o bicheiro Carlos Cachoeira (leia).

O que chama atenção é que o senador era um baluarte da defesa da ética na política e procurador da justiça, ou seja, membro do judiciário. Ou seja, tinha dois motivos para não ter relação com um contraventor.

Outros deputados de expressão zero - Carlos Alberto Lereia (PSDB-GO) e Sandes Júnior (PP-GO), Jovair Arantes (PTB-GO) e Stepan Nercessian (PPS-RJ) - também teriam envolvimento com o "empresário" (leia).

Além disso, o governo petista de Brasília de Agnelo Queiroz (ex PC do B) teria entre seus membros um outro "amigo" do Cachoeira o chefe de Gabinete Claudio Monteiro (veja).

Em 2005, Cachoeira ficou conhecido por um escândalo que originou a CPI dos Bingos. Na época, um vídeo gravado por ele em 2002 e publicado pela imprensa em 2004, revelou uma negociação de propinas entre ele e Waldomiro Diniz, então assessor do ministro da Casa Civil, José Dirceu (veja).

Como podemos ver é uma chuva de partidos, quase nenhum  ficou fora.

É evidente que o bicheiro é alguém muito poderoso porque tem muito dinheiro e dinheiro fácil, conseguido com atividades criminosas e nenhuma gota de suor de trabalho.

É evidente que nenhum político deveria estar envolvido com um indivíduo assim. Tudo bem alguém deve ser amigo de infância deste cara, mas se desde 2004 tornaram-se públicas suas atividades ilegais, não se justifica que alguém como Demóstenes ou  qualquer outro  fizesse depois disso qualquer ação política em favor deste inidivíduo.

Mas foi feita, por gente de todos os partidos e há muito tempo, desde o Dirceu (ele sempre está por trás de  malfeitos).

A primeira pergunta é o que são os partidos políticos do país: mentira ou verdade. São associações de pessoas interessadas no bem comum???

Muitas vezes o que sentimos é que não, que querem este país um país da MENTIRA e NÃO da VERDADE.

Nós, brasileiros "comuns", que lutamos por um Brasil de verdade, onde o dinheiro é obtido com trabalho, temos de agir.

Movimentos contra a corrupção são  importantes, mas não basta, é preciso que participemos do processo político o que significa, no mínimo, num ano eleitoral como esse participarmos mais do que com o nosso voto. Se candidatar ou apoiar alguém que se candidatará.

Infelizmente, continuarão existindo Demóstenes e Carlos Cachoeira, mas existirão mais pessoas trabalhando realmente pelo bem comum e não pelo dinheiro sujo no próprio bolso.

RENOVA BRASIL PARTICIPA BRASIL PAÍS DA VERDADE.

terça-feira, 27 de março de 2012

TORCIDAS DE FUTEBOL E A MORTE DO CHICO ANYSIO

Esta semana aconteceram duas mortes  tão  drasticamente  diferentes que me levaram a refletir e escrever esta postagem. A morte de um torcedor do Palmeiras, Guilherme Vinícius de 19 anos,  numa briga com a torcida do Corinthians em São Paulo e a morte do humorista Chico Anysio com 80.

Chico morreu em consequência de problemas cardíacos, após mais de 60 anos de carreira nos fazendo rir.  Guilherme  Vinícius  morreu  em  consequência da violência que existe nos campos de futebol e sua morte ocorre numa idade em que certamente tinha muitos planos sobre o futuro e não tem nada de engraçado.

Os dois casos devem ter deixado  pessoas tristes.  Nenhuma diferença pode cancelar a dor de uma morte.

Porém, num caso resta o consolo de uma vida intensamente vivida e com uma marca clara: ter levado alegria a milhares de pessoas por anos. No outro, somente resta a raiva de como uma vida pode ser tirada de modo tão precoce e tão sem sentido.

A vida de Chico introduziu alegria através do humor dos seus mais de 200 personagens diferentes.

Mas o que faz da vida algo carregado de humor, alegria e contentamento e quase ao lado um lugar de ódio gratuito, imbecil e violência?

Que sentido ela tem? Para poder existir humor algum sentido deve ter sido intuído por Chico. Não sei o que era, mas sei que existia e que muita gente deve ter aprendido dele.

A violência, seja qual for, é sempre falta de sentido e nunca ensina nada para ninguém.

Nos dois casos escolhas foram feitas. Num caso pela vida, no outro pela morte. As nossas escolhas também podem levar a mais vida ou a mais morte. Como fazê-las?

Uma boa dica que vem da vida e da morte dessas duas pessoas é que dar de si com humor, buscando introduzir alegria na vida dos outros sempre será uma boa escolha. Brigar com alguém pela diferença que tem comigo NUNCA INTRODUZIRÁ NADA DE BOM SEJA NA VIDA DESSE OUTRO, SEJA NA MINHA.

RESPEITA BRASIL.

terça-feira, 20 de março de 2012

E SE FOSSE O CRISTO REDENTOR!?

No dia 06 de março o Conselho de Magistratura do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou a retirada dos símbolos religiosos (entenda-se crucifixos) das dependências da Justiça gaúcha.

Essa decisão tem gerado muita discussão desde então:

Essas posições e opiniões são bastante antagônicas, de onde vem uma diferença de percepção tão extrema?

Do fato que todos partimos de valores que acreditamos. As decisões sempre expressam as nossas identidades.

Os juízes que tomaram essa decisão, que em tese é para a defesa de um estado "neutro", fizeram  isso  por  valores  nos quais acreditam.

Existe algum juiz que tome decisões sem que tenha valores nos quais acredita? Não é possível para nenhum de nós, nem mesmo para os juízes, que muitas vezes se sentem acima de nós mortais. Eles não foram neutros.

Porque a decisão de que nenhum valor seja expresso é melhor do que a decisão de expressar todos os valores? Eu acredito que é mais democrático que todos se expressem, porque a identidade de cada um é sempre o  ponto de partida de suas escolhas. Conhecer a identidade de alguém nos torna capazes de compreender as suas escolhas.

Certamente existem pessoas que entram naquele tribunal e se sentem mais seguros pela presença  do crucifixo pelo fato que ele significa justiça na nossa sociedade. Essas identidades não foram defendidas. Isso não é justo!

Quem decide  onde esta a razão? O "estado" (aqui se entenda somente um conselho de magistratura) se escolhe que nenhum símbolo pode ser exposto não está tomando uma decisão contrária a tantos que pensam exatamente o contrário?

O interesse de decisões como essa buscam obrigar aos que  tem fé que a vivam como fato privado, tão privado, tão privado que nunca tenha nenhuma incidência histórica. Vejam o caso da aeromoça da British Airwais que foi pressionada por usar uma cruz de forma aparente (veja). Esse caso não é único, existem já muitos outros.

Por isso escolhi o título acima,  vamos imaginar se alguém  decidir que como o Cristo Redentor  é um monumento público que expressa uma religião deve ser destruído!?

E se alguém quiser decidir o que posso acreditar ou não, o que posso pensar e falar e o que não posso.

Onde está o limite desse movimento?

Quem decidirá?

Eu prefiro o real espaço democrático no qual a defesa de "minorias" não  é feita nunca contra ninguém. Uma coisa é diferença outra é desigualdade. Expressar uma diferença (sou cristão, sou muçulmano, sou ateu) não é uma desigualdade (sou melhor porque sou cristão e tenho mais direitos de quem é muçulmano ou ateu).

Como comentei semana passada a sociedade progredirá em termos democráticos se houver respeito as diferenças e intolerância com as desigualdades (quem é melhor a mulher ou o homem?).

A ação do Conselho de Magistratura do Rio Grande do Sul não é uma decisão que expressa a sociedade brasileira, nem mesmo a do estado brasileiro, por isso não é em hipótese nenhuma DEMOCRÁTICA.

RESPEITA BRASIL. RENOVA BRASIL.

terça-feira, 13 de março de 2012

QUEM É MELHOR A MULHER OU O HOMEM?

Resolvi partir dessa pergunta para falar do tema da diferença, porque  não existe democracia onde estas não sejam respeitadas. Porém, muitas  vezes  existe intolerância  com as  diferenças no ambiente social e político, como se fossem um mal em si mesmas.

Partindo do exemplo de mulheres e homens cuja diferença  é uma coisa óbvia, podemos nos perguntar isso é  um mal? Quando a diferença é um mal?

A revista VEJA de semana passada trouxe uma matéria (Veja edição 2259, O abismo ficou menor de Tatiana Gianini) sobre a grande redução das diferenças de renda ocorrida no Brasil nas últimas duas décadas, resultado "do bom e velho capitalismo". Nela a  jornalista  declara  que  o capitalismo é imbatível em termos de mobilidade social e que "um certo grau de desigualdade, no entanto, é natural e saudável, pois isso dá ao ser humano a perspectiva de uma vida melhor."

Que desigualdade é natural?

Ser rico ou ser pobre é natural?

Daí me veio o título, pois ser homem ou mulher é algo natural, é uma diferença, não necessariamente uma desigualdade. Existem diferenças naturais como o sexo, a idade e a cor, mas a desigualdade é uma outra coisa. A desigualdade entre homens e mulheres, entre crianças e adultos, entre brancos e negros não é natural e nem aceitável.

Assim, diferenças desde que não gerem desigualdades podem ser boas como entre homens e mulheres.

Como escrevi acima, em política muitas vezes as diferenças são tratadas de modo intolerante,  mas se não há espaço de respeito pela identidade do outro, seja ela qual for (ou seja se não há desigualdade), não há  uma verdadeira democracia, que como já se disse é o pior dos sistemas, mas até hoje não foi inventado nada de melhor.

Conclusões como da reportagem da revista Veja que o capitalismo  é  bom  porque  os socialismos/ comunismos  diminuiram   as  diferenças,  mas  aumentaram  em  muito  as desigualdades, não são válidas porque  no capitalismo elas também  existem.

Penso que, de modo geral,  a sociedade  progredirá  mais ainda  em  termos  de  busca  da   democracia, mas  somente  se   houver  respeito as diferenças  e  intolerância  com  as desigualdades.

RESPEITA BRASIL. RENOVA BRASIL.

terça-feira, 6 de março de 2012

ATÉ ONDE VAI A ÉTICA NA POLÍTICA?

Este tema da ética tem sido abordado neste espaço não tanto para criticar a atuação de políticos no Brasil (o que neste caso é muito fácil), mas principalmente para marcar a nossa posição. Apresentei em postagens anteriores vários aspectos que consideramos fundamentais: a ética está associada as escolhas que fazemos e estas as intenções;  se expressam no fazer concreto e objetivo da vida de cada um.

Um recente editorial da folha (02/03/2012) expôs uma opinião que é exatamente contrária dessas minhas afirmações e que por isso tomo como ponto de partida desta postagem para  debater  novamente o tema da ética na política.

O editorial diz o seguinte: "Questões como aborto e união homossexual podem ter relevância, para o eleitor, quando se trata de conhecer as convicções íntimas de cada político; pouco ou nenhum impacto exercem, contudo, sobre as ações de um prefeito com relação a transporte público, assistência de saúde ou coleta e reciclagem de lixo, para citar alguns dos problemas da cidade (leia)."

Ou seja, as questões como aborto e união homossexual tem que ver com convicções íntimas, mas isso nada diz de como vou proceder. Existem duas pessoas uma que está no íntimo e outra que se expressa publicamente. Assim, é possível que eu defenda uma política pública em defesa da infância e seja a favor do aborto.

Imaginem que malabarismos serão possíveis na política. Eu sou ético no meu foro íntimo, mas a minha prática pública é regida por outros princípios.

Por que motivo uma pessoa que, no seu "íntimo", não tem nenhum interesse pelas pessoas, no exercício de uma função pública enfrentará questões como transporte público, assistência à saúde e coleta de lixo? Não, aquilo que a pessoa faz no recôndito da sua pessoa se expressará nas suas atitudes públicas.

Aquilo que eu defendo do ponto de vista ético expressa um juízo meu sobre a sociedade e não existe esta separação entre o meu bem o bem coletivo, eles estão associados. Quando faço as minhas escolhas eleitorais devo sim levar em conta as "possíveis" convicções íntimas do candidato.  Porém,  como  também  é discutido no  editorial citado acima, existe uma "religião eleitoral", ou seja um fenômeno religioso que interessa exclusivamente como cooptação política como ficou evidente em dois  episódios  recentes: a escolha do "Bispo" Crivela para o Ministério da Pesca e a declaração do candidato Fernando Haddad sobre o aborto.

Para nós ética é tema básico na política e a experiência religiosa de alguém deve ser considerada como vinculadas ao futuro  exercício de um mandato. Mas ética e experiência religiosa que se expressam no exercício profissional da pessoa, no modo como vive a sua vida no âmbito familiar e da comunidade a que pertence.

Não deixemos nos enganar pelo uso eleitoral da experiência religiosa, é possível uma vivência social e política coerente com a experiência cristã, basta olhar para a direção certa.

RENOVA BRASIL. OLHA PARA O PONTO CERTO BRASIL.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

PASSOU O CARNAVAL, COMEÇA O ANO!? NA POLÍTICA CONTINUA!

Como é comum no Brasil tudo começa depois do carnaval. Ele acaba e começa o ano. Na política não, porque o carnaval nunca acaba.

Em São Paulo o Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, que estava acertando uma aliança com o candidato do PT Fernando Haddad, após a entrada na disputa de José Serra pelo PSDB, única candidatura viável do partido, decidiu fazer uma aliança com ele.

Assim, como um político pode fazer, numa mesma eleição, aliança primeiro com o PT e depois com o PSDB? Em qualquer parte do mundo, seria incompreensível.

No Rio de Janeiro Garotinho e Cesar Maia que já foram inimigos políticos no passado (leia) agora selam uma aliança em "favor" de seus filhos e "contra" os atuais governador e prefeito.

Em Fortaleza o governador Cid Gomes e a prefeita Luiziane Lins do PT discutem a continuidade da aliança dos partidos. A questão em pauta é do nome do indicado a candidato da aliança. A presidente Dilma esteve ontem lá para cumprir o papel de bombeira.

Nos três casos impressiona os MOTIVOS das alianças ou das desavenças. Tudo menos algo chamado partidos políticos. Em política brasileira uma coisa que não faz nenhum sentido é partido político. Mas para que servem os partidos políticos?

Assim, no Brasil o ano começa depois que o carnaval acaba, mas NA POLÍTICA NÃO, PORQUE O CARNAVAL CONTINUA SEMPRE!

As alianças políticas entre os diferentes partidos é um verdadeiro carnaval. Não escapa nenhum.

Sendo que este ano recém-começado é um ano de eleições e como dos partidos e dos políticos não vem nada de novo, de onde virá?

Algo de novo em POLÍTICA, no sentido verdadeiro da palavra, preocupação com a POLIS, com a cidade, com o povo, com o bem comum, de onde virá?

De nós! Precisamos agir políticamente. Introduzir algo de verdadeiramente novo. Participar.

RENOVA BRASIL A POLÍTICA!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

BRASIL PAÍS DO CARNAVAL! FANTASIA OU DURA REALIDADE!

Que o Brasil entre outras coisas é o país do carnaval todos sabemos, pois em nenhum outro lugar do mundo existe uma festa desse tipo com as proporções que adquiriu aqui.

Muito se fala neste período sobre o significado do carnaval para o país.

"Esse fenômeno do carnaval no Brasil pode ser chamado de ópio popular. Esse ópio nada mais é do que uma válvula de escape para o povo que sofre o ano inteiro com corrupção política e um salário ínfimo. Pena que a maioria dos brasileiros não tenham a mesma animação para lutar contra a corrupção (comentário de Hugo Pinheiro,17:03, 21/02/2012 à coluna de Arnaldo Jabor na CBN).

Mas afinal de contas é tudo fantasia ou a dura realidade?

Para mim de fantasia o carnaval só tem aquelas que são exibidas nos concursos, pois nele estão contidas todas as facetas do nosso povo e como a face de qualquer povo do mundo é cheia de contornos nítidos e outros nem tanto.

O carnaval é alegria. Quer povo mais alegre que o brasileiro.

Mas é verdade que nele se vê também muitas facetas difíceis de serem olhadas.

A maior parte do povo das escolas de samba vive de pertinho com o tráfico. Alegria e violência convivem nas vilas das grandes cidades.

Esse fato é conhecido de todos nós. Está aí, mas não muda nada.

Os políticos se beneficiam com o carnaval para se promover, já repararam quantos aparecem neste período, mas compromisso com a mudança, NADA.

Por isso digo que o carnaval é nossa dura realidade, nele estão representadas todas as nossas contradições.

Temos de modificar nosso país, não o carnaval. Essa luta contra o carnaval, para mim, não vai levar a nada. Temos é que tomar conta do que acontece na sociedade, principalmente no nível político, onde muito precisa ser mudado.

Esse ano em que teremos eleições municipais é uma boa oportunidade para sermos somente um país de alegria e não um país onde política e corrupção andam de mãos dadas e convivem como as alas das escolas de samba.

RENOVA BRASIL. MUDA BRASIL.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

GOVERNADOR JAQUES WAGNER E GREVE DE POLICIAIS NA BAHIA

Circulam no YouTube dois vídeos do Governador Jaques Wagner sobre greve de policiais na Bahia:

A diferença  entre eles  é que  o primeiro foi  em 2001, quando Jaques Wagner era deputado federal e o governador era Paulo Souto, o segundo é de 2012 e Jaques Wagner é o governador.

QUE DIFERENÇA QUANDO SE É GOVERNO E QUANDO SE É OPOSIÇÃO!

Mas será que isso é correto?

O salário dos policiais era ruim e continua  ruim. Evidentemente  um  policial, como  qualquer  trabalhador, faz juz a um salário justo, porém a greve deles coloca em insegurança a vida de todos.

Nós deveríamos considerar o salário deles uma prioridade.

Mas isso não pode valer em 2001 e não valer em 2012. As injustiças e os motivos justos da greve são os mesmos antes ou hoje.

Na política não podemos considerar o mesmo fato correto e depois considerá-lo incorreto: ISSO SE CHAMA INCOERÊNCIA.

Em 2001 Wagner estava a favor da greve e assim contra o povo baiano que é quem sofre com ela. Em 2012 está contra a greve por estar defendendo o povo.

Será que em algum momento ele estava realmente a favor do povo baiano?

Este episódio, infelizmente, não é isolado na nossa política. Incoerência é que não falta. Veja a postagem de semana passada sobre o mesmo tema.

Volto de novo a colocar: nós  é que temos a responsabilidade  de  escolher  políticos  que  estejam   a   nosso   favor  de  verdade.

Será possível?

É possível! Depende de nossas escolhas políticas.

RENOVA BRASIL! ESCOLHE BRASIL!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

AH! SE O PT NÃO FOSSE PT

Essa foi uma provocação aos amigos petistas. Certamente eles me dirão: se o PSDB não fosse o PSDB. Assim como muitos já disseram se o Brasil não fosse o Brasil e a lista de fatos políticos se ampliaria de acordo com o meu local de observação e os valores que cada um tem e considera como seus pontos de referência.

Mas é também para abordar hoje três temas da pauta jornalística nacional desta semana: Direitos Humanos, Privatizações e Aborto. Eles colocaram uma série de interrogações sobre a posição da presidente e do seu partido.

O primeiro apareceu em função da viagem da presidente a "ilha" e seu quase total silêncio  sobre o tema. Se ela queria ficar calada para não ter constrangimentos diplomáticos não precisava ter sacado a frase: "os direitos humanos não podem ser armas ideológicas", mas e quando era bandeira política do partido contra os governos no país. Era na época da ditadura, mas e quando era contra o FHC.

Eu só queria entender!

O tema das privatizações está ligada ao processo de concessão à inciativa privada da exploração dos aeroportos de Guarulhos, Campinas e Brasília realizado esta semana (leia). Este assunto foi uns dos temas mais importantes no debate eleitoral entre Dilma e Serra. Neles Dilma deixou claro a sua posição, a do seu partido e a de Lula contrárias as privatizações realizadas durante o governo FHC.

Será que é porque Dilma mudou de opinião sobre o tema?

Sobre o aborto falou a nova ministra-chefe da Secretaria de Política para as Mulheres, Eleonora Menicucci. A ministra nem bem foi empossada e se declarou a favor do aborto. No dia seguinte, hoje, disse que o aborto é "simplesmente" um tema de saúde pública: " não é uma questão ideológica é uma questão de saúde pública, como o crack e outras drogas, a dengue, o HIV e todas as doenças infecto-contagiosas".

SERIA MELHOR TER FICADA CALADA. FETO E MOSQUITO SÃO BASTANTE DIFERENTES SENHORA MINISTRA.

Estou aguardando a fala da Dilma, pois na campanha presidencial ela falou SER TOTALMENTA CONTRÁRIA a legalização do aborto. É certo que ela havia falado o contrário alguns anos antes. Talvez agora possamos saber qual a sua  VERDADEIRA  posição.

Aponto estas três evidentes contradições porque os três temas são muito importantes para qualquer sociedade democrática. E isso é uma coisa que Cuba não é há muito tempo e o Brasil é há um bom tempo.

O tema da privatização fala sobre a concepção de estado que o governo e o partido querem. Não parece haver uma grande diferença entre Lula/Dilma e FHC, é sempre tudo uma questão de ser oposição ou governo. Uma coisa que vale no plano federal não vale no plano estadual ou municipal dependendo se é meu partido ou não, que seja o governo. Deixa-se enganar quem quer.

Os direitos humanos e a legalização do aborto se referem ao valor da pessoa humana e um político não pode se posicionar de acordo com  circunstâncias, como estar na oposição ou na situação. Ou você é contra ou a favor, seja quem for o atingido. Se o agredido é um cubano não é menos importante. Se bem que para Lula  os presos políticos cubanos são bandidos.

Não interessa se a pessoa tem esse ou aquele tamanho, ela sempre terá direito a vida digna, mesmo que a ministra o considere como um mosquito ou um vírus.

Aguardo a posição da senhora presidente. Espero que desta vez seja a verdadeira.

Para mim a atuação política tem de se basear na VERDADE. A diferença e o debate fazem parte da democracia.

Se você acha que o aborto é um tema semelhante a dengue porque são temas que atingem muitas pessoas eu não concordo porque no meu aprendizado de epidemiologia, que infelizmente começou na faculdade e departamento que hoje a ministra é professora titular, o que define um tema é um conjunto de fatores que estão envolvidos na sua ocorrência. Os da Dengue são bastante diferentes dos do Aborto. Eu não sou nem melhor nem pior do que a Eleonora, somos diferentes. Da presidente espero ainda saber.

RENOVA BRASIL. POR UMA POLÍTICA BASEADA NA VERDADE.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

PINHEIRINHO, EDIFÍCIO LIBERDADE E A POLÍTICA NO PAÍS

Na última semana ocorreram dois fatos, que colocados um ao lado do outro, de imediato parecem assuntos  sem relação entre si. O primeiro foi a operação de reintegração de posse executada pela polícia militar de São Paulo no Pinherinho em São José dos Campos. O segundo foi o desabamento de três prédios no centro do Rio de Janeiro.

A operação de reintegração de posse foi realizada pela PM paulista como execução de uma ordem judicial. De um lado o  PSTU buscando a radicalização da resistência. De outro os governos municipal e estadual (ambos do PSDB) buscando a retirada das pessoas a qualquer custo. No meio 1600 famílias que lutam exclusivamente pelo seu direito inalienável de ter uma habitação digna.

O desabamento dos três prédios no Rio não tem PSTU nem PSDB, mas revela o modo como a construção civil é realizada no país. Segundo as últimas informações as causas seriam inúmeras mudanças que o Edifício Liberdade vem sofrendo ao longo dos anos e que ocasionaram aumento de peso (o edifício teria sido projetado para ter 15 andares e teria agora 20) e enfraquecimento da estrutura.

As últimas mudanças foram realizada pela empresa TO, da área de informática e  teriam contribuído para o enfraquecimento da estrutura que vinha ocorrendo. No meio 600 pessoas que trabalhavam no prédio e que estavam sob o risco de morte. Foram "somente 20 e poucas pessoas" poderiam ter sido mais de 1000.

UMA VIDA HUMANA TEM UM VALOR QUE NUNCA PODE SER REPARADO EM UMA PERDA COMO ESTA.

Para mim os dois casos revelam a desconsideração na sociedade brasileira com o valor de um ser humano, de uma pessoa "sem valor" como essas do Pinheirinho e dos três edifícios. Penso que este é o ponto comum dos dos dois casos: A FALTA DE RESPEITO AO VALOR DA PESSOA HUMANA.

No caso do Pinheirinho 1600 famílias sendo massa de manobra de interesse políticos e econômicos. No caso do Edifício Liberdade outras 600 famílias colocadas em risco por interesse econômicos e certamente desconsideradas pelo poder público a quem cabe fiscalizar uma situação como essa.

Esse é o nó da questão: enquanto a pessoa humana com seu direito de ter habitação e ter segurança para morar, de ter trabalho e segurança para trabalhar, não for o centro do debate econômico, social e político no Brasil continuaremos enfrentando situações como essas e como as enchentes.

Mas quem vai se interessar por gente simples como essas? No máximo tem tido valor como possibilidade de fazer número e garantir que os meus interesses políticos ganhem força.

As eleições deste ano são uma oportunidade para cada um de nós participar desta mudança, pois a política é  primeiro âmbito onde este interesse pelo outro, pelo meu irmão, pela pessoa que vive ao nosso lado ou não, precisa ser recuperado e assim permear todos os outros ambientes da nossa sociedade.

RENOVA BRASIL. RESPEITA BRASIL.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

PARA QUE SERVE A TELEVISÃO? ENTRETENIMENTO? QUAIS OS LIMITES?

Semana passada foi marcada pela suspeita de estupro dentro da casa do BBB 12. Além da discussão do assunto em si e da ação policial desencadeada tomou conta da imprensa o tema de que nem tudo pode na televisão brasileira e que ali neste caso se revelara que nem toda baixaria será aceita.

A revista Veja desta semana  publicou uma matéria sobre esse assunto e uma entrevista com o Boni, pai do produtor do BBB, o Boninho. Nela ele fala que não concorda com o modo como é conduzido este tipo de programa e que ele nos seus tempos de diretor da mesma emissora teria adotado por duas ou três vezes medidas para evitar situações difíceis, evidentemente de outra ordem de problema.

O que gostaria de refletir aqui é para que serve a televisão e os meios de comunicação? Para entretenimento diria a maioria. Entreter também significa na linguagem comum enrolar alguém para que ele esqueça de algo que quero que ele esqueça, por exemplo a mãe entretem o seu bebê com um brinquedinho para que ele esqueça da tomada onde insiste em botar o dedo.

Neste caso ninguém teria dúvida de que o interesse da mãe, é o bem do seu filho, mas evidentemente nem todo entretenimento tem a mesma finalidade.

O BBB é algo que a maior parte do tempo é um entretenimento da pior qualidade, isso é quase um consenso, mas qual a finalidade?

Como comentei aqui outras vezes é muito difícil julgar intenções, por isso interessa o fato real, é um programa de má qualidade. O que eu faço? Não o assisto.

Acredito que essa é a única maneira de controle real. O controle do que se transmite na televisão  é muito temerário, pois sempre predispõe a censura. A sociedade brasileira tem muita experiência do que significa a censura e por isso deveria buscar barrar qualquer possibilidade de seu retorno.

Mas eu sou uma pessoa adulta e quem é jovem ou criança? Função dos pais acompanhar o seu filho em seu desenvolvimento, ou seja educar!

Aqui me parece que esteja o "x" da questão! EDUCAÇÃO!

A nossa sociedade vem se omitindo de seu papel de educar: seja em casa ou na sociedade é preciso que os educadores assumam o seu papel e que jovens e crianças tenham a oportunidade de um crescimento humano real. Esse problema é pior que o BBB, mesmo com tudo aquilo que rola neste programa, os adultos se omitirem de educar é o nosso principal problema.

O mesmo vale para o campo social e político a Educação não é uma prioridade como tenho comentado várias vezes aqui.

Por isso, é necessário começarmos a atuar socialmente para que nossos jovens e crianças tenham oportunidades de serem educados e fazer escolhas com consciência. Esse é  o único caminho para uma sociedade mais humana e fraterna.

RENOVA BRASIL! EDUCA BRASIL!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

DE QUEM É A CORRUPÇÃO? DA DIREITA OU DA ESQUERDA? POR UMA ÉTICA NA POLÍTICA!

Já comentamos aqui anteriormente que no Brasil de hoje, com a múltiplas alianças políticas que são feitas é muito difícil dizer quem é de direita quem é de esquerda (Para que servem os partidos políticos?). Parece que tudo está conforme  o prefeito de São Paulo Kassab que não de esquerda, nem de direita e nem de centro, pois era favor do Brasil.

É a transcrição do pensamento político da maioria dos políticos brasileiros, que em nome da governabilidade justificam quaisquer alianças, e tudo fica igual. Afinal qual a diferença entre os  diferentes partidos políticos? Praticamente é: quem está no poder ou fora dele.

Dentro deste quadro a Folha de São Paulo do dia 11 de janeiro trouxe na coluna Tendências/Debates a opinião do Professor Paulo Ghiraldelli Jr. Que me chamou a atenção para uma outra tendência da política brasileira a de que se alguém me critica é de direita. Assim, segundo o professor o tema da corrupção foi tomado pela direita. Mas quem é a direita?

“A classe média conservadora, vendo a sua impotência eleitoral ganhar clímax nos fracassos do PSDB, vai para a internet para “fazer política com as próprias mãos”.

“Despeja na rede toda a sua frustação e seu ódio à política democrática. Nesse tipo de onda, as pessoas começam a querer punições sem investigações acuradas, alimentando uma postura autoritária.”

“Para ele, a democracia passa a ser vista coommo algo ruim uma vez que ela parece só dar vitórias ao Lula ou, digamos, aos setores populares.”

“ Eis a minha conclusão, em forma de alerta: não é porque esses setores não possuem porta de quartel para bater que eles não deveriam ser vistos como fomentando algo perigoso.”

Aqui me parece importante fazer uma distinção, pois o que interessa a mim, a você, ao povo brasileiro em geral é ver se a política está sendo usada a nosso favor, resolvendo os nossos problemas: saúde, educação, segurança, trabalho, moradia. O tema de direita/esquerda nesse âmbito não faz o menor sentido.

Mas dizer que a "CLASSE MÉDIA" (O que é a classe média? Quem é contra a minha opinião?) por estar saindo as ruas por causa da CORRUPÇÃO nos governos é  conservadora  e  frustada  e  odeia  à  política democrática , me parece um total desvio de qual é o foco da questão.

Quer dizer que se alguém rouba dinheiro público ou se beneficia de seu cargo público para proveito pessoal deixou de ser um problema a ser enfrentado, desde que seja feito pelos companheiros e quem reclamar é classe média conservadora.

Por isso considero que em primeiro lugar está a verdade, é verdade ou não, o fato ocorreu ou não.

Em segundo lugar o tema tem de ser enfrentado de modo igual, tratando-se de um companheiro ou um adversário político.

Por último, respondendo a amigos que me questionaram tantas postagens sobre este tema, disse que a corrupção foi o ponto de partida, mas a reflexão é como ser ético na política?

Para mim somente pertencendo a um grupo, uma companhia humana que tenha como principal objetivo político e social o BEM COMUM, que antes de ser a somatória dos bens, é aquilo que é O BEM.

O melhor modo de combater esta onda, que eu tenho percebido em tantos momentos de colocar o tema da corrupção como o tema de conservadores, é refletirmos sobre a ética e principalmente agirmos em busca dela. Isso não ocorrerá sem que participemos.

Este ano, que mais uma vez iremos a urnas, é uma nova  oportunidade para buscarmos uma política justa e ética, que tem o bem comum como seu principal interesse.

PARTICIPE. RENOVA BRASIL.