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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

ÉTICA. ÉTICA. ÉTICA NO BRASIL?

POLÍTICA E CULTURA

Este domingo a Folha de São Paulo publicou uma pesquisa no caderno Mais, intitulada "Retrato da Ética no Brasil", da qual se depreende que no nosso país nesse assunto vale mais o faça o que eu falo e não o que eu faço.
Exemplos citados no jornal: "79 % do entrevistados dizem que os brasileiros vendem voto. 33% não é possível fazer política sem um pouco de corrupção. 12 % eu aceitaria dinheiro para vender meu voto."
Em outro trecho da publicação: "para brasileiro corrupção é sinônimo de política. "

Neste mesmo dia antes de ter lido o jornal, passeando pela Lagoa da Pampulha mais uma vez fui forçado a fazer uma reflexão que já fiz muitas vezes. Um menino de cinco para sete anos andava com um coco junto com sua mãe que observava a lagoa. O menino acabou deixando o coco cair a poucos passos de um lixo. A mãe não fez qualquer menção de orientá-lo a não fazer aquilo e pegar o coco ou fazê-lo pegar (depende de como cada um educa seu filho) e colocar o lixo no lixo. Evidentemente os exemplos deseducativos dos pais em relação a seus filhos são muitos, em todas classes sociais. Evidentemente esse menino terá grande chance de, quando adulto, repetir isso.

Conversando outro dia com um jornalista, ele me disse que muitas vezes quando alguém reconhece-o em público, imediatamente pergunta se não pode dar uma ajuda para tirar carteira, sem exame evidentemente.

Poderiamos citar, ainda, muito outros exemplos. O que quero dizer é que para uma ética de verdade em primeiro lugar estou eu e meus próximos (família e comunidade a que pertenço). É muito fácil dizer que os políticos são corruptos (porque muitos deles fazem questão de dar exemplos todos os dias), porém é preciso reconhecer que na correção do problema, e principalmente em viver de modo ético, sou eu que estou em primeiro lugar.

Por isso insistimos que a política, a questão ética na sociedade, somente se resolverão pela cultura, ou seja aquele espaço de sociedade onde vivo e que essa mudança de postura diante da vida, dos outros com quem convivo no trabalho ou na vizinhança, tem de ser uma realidade hoje. Esse processo evidentemente é educativo, por isso temos sempre apontado aqui que entre todas as prioridades sociais a maior é a da urgência educativa.

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