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terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pessoa, nem indivíduo, nem coletivo

POLÍTICA E CULTURA

Esta semana a revista VEJA trouxe uma série de reportagens cujo mote fundamental é o indivíduo em contraposição ao coletivo. Parte de uma constatação bastante óbvia que as ações coletivas são insuficientes sem a participação do indivíduo. Cita como exemplo a limpeza urbana, trazendo a fala do prefeito do Rio de Janeiro de que a limpeza da cidade seria mais eficiente se os cidadãos sujassem menos.
Um outro exemplo no mesmo sentido é a Dengue. Se todas as pessoas mantivessem os seus ambientes livre de água parada não haveria a doença. E aliás, estaremos dentro em breve preocupados com ela novamente.

A questão é o que faz com que um indivíduo se interesse pela coletividade? Claro como ele está inserido na coletividade, seria um interesse por ele mesmo. Cada um pode pensar em muitos exemplos de situações onde o nosso vizinho foi chamado a participar e não participa. Porque isso ocorre?

Do modo como nós concebemos (GPC) a questão social isso ocorre pelo próprio fato que hoje em dia se fala em indivíduo e não em pessoa. Qual a diferença?

O indivíduo é alguém entendido em separado do resto, na sua singularidade. Mas numa concepção cristã do homem não existe um indivíduo separado da coletividade, porque o homem é pessoa, ou seja a sua singularidade está vinculada a singularidade de todos homens a começar daqueles mais próximos. Eu não posso pensar a minha vida em separado dos outros porque desde o nascimento eu fui colocado num grupo, em relação com outros. A pessoa é um ser em relação, não posso dizer quem sou sem me reportar aos meus relacionamentos.

A liberdade não é algo que rompe os laços, pelo contrário os fortalece, porque é nas relações pessoais que ela cresce. O meu bem está ligado ao de todas as pessoas, a começar das mais próximas.

Assim, claro não é possível que as ações coletivas tenham sucesso sem a participação dos indivíduos, porém essa não irá acontecer enquanto esses indivíduos não se entenderem como pessoas, ou seja, alguém cujo bem desejado está ligado a construção de um bem que é de todos. Não adianta dizer para os outros que eles precisam participar mais. Ou eles percebem que essa ação é um bem para ele ou ele não participará de nada.

Por isso defendemos como nossa ação a Política baseada na Cultura, porque a política somente deixará de ser algo em quem ninguém confia quando os motivos pelos quais se faz política forem fundamentados numa cultura da responsabilidade, no qual o bem que se busca é o bem de todos, incluindo o meu.
Somente haverá política de verdade quando os políticos forem pessoas de verdade e não indivíduos, cujo principal interesse é o meu bem, que não necessariamente tem a ver com o bem do outro
Se você está interessado em construir essa política entre em contato com a gente e vamos caminhar juntos.

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