Pesquisar este blog

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

APAGÃO, MAS NA POLÍTICA

POLÍTICA E CULTURA

A semana passada e esta foi tomada na imprensa pelas discussões em torno do apagão. Após, um período onde o assunto foi sobre a "dona da minissaia", nesta o assunto foi a falta de energia elétrica que levou 18 estados brasileiros a escuridão completa ou parcial.
Fato é que, até o momento, não foi dada uma explicação técnica que fechasse o assunto.

O que chamou a minha atenção é como a oposição rapidamente entrou no ataque da candidata, ou melhor, da ministra Dilma Roussef (e depois falam que tem período eleitoral) e o governo ao invés de querer um debate sério sobre o assunto, procurou blindar a ministra e voltou ao ataque do apagão da oposição, que na época era situação (FHC, PSDB, DEM).

A revista Veja dessa semana traz uma matéria sobre o assunto, na qual fica claro que não existe, até agora, uma explicação completa para o ocorrido. Porém, cita uma frase da ministra em março /2009 onde ela dizia que apagão é problema de planejamento e não de mau tempo, e outra da semana passada onde disse que tudo ocorreu por causa de mau tempo que é um fator não planejável. Evidentemente no primeiro caso ela se referia ao apagão do FHC e no segundo caso ao apagão do Lula.
Do mesmo modo, a oposição de hoje se defendia na época em que era situação da oposição na época que hoje é a situação.

Evidentemente esse discurso não tem em nenhum momento nenhuma preocupação com o povo seja ele dono de uma televisão ou de uma empresa. Evidentemente o problema é de planejamento, porque sempre é. Se em uma determinada região existe um risco de ter tempestades que alterem as linhas de transmissão, esse não ocorreu semana passada e deveria ter sido planejado. Bem como se uma seca (era FHC) ocasionou o racionamento não foi de uma hora para outra e deveria ter sido planejado.
Esse planejamento que busca evitar ao máximo os problemas conhecidos somente ocorrerá se na política o seu centro de interesse for o povo e não o do presidente, dos ministros, dos senadores e dos deputados.

Esse discurso é o que nós chamamos de ideologia, em contraposição a cultura. A ideologia parte de algo que tem que ser defendido (o meu interesse ou de meu grupo), mesmo que não tenha nada a ver com a realidade (ou seja com o povo). O que interessa é defender (ou atacar) a minha turma (quer dizer o meu e o interesse deles), mesmo que seja com uma mentira (ou seja algo que não faça o bem para o povo). Não há espaço para a verdade que coincide com um olhar para o que acontece e não para o que eu quero que seja.

A cultura é o espaço social onde o povo vai coletando observações da realidade (da verdade) e construindo uma trama de conhecimento que dá base para a continuidade da sua vida como povo. Não tem nada a ver com essa política que esta aí.

A política que propomos tem a ver com a cultura, porque queremos que o povo seja o centro, seja o objeto único de interesse da nossa ação social e política. Isso é algo a ser construído e esperamos contar com você. Venha junto com a gente.

Um comentário:

Anônimo disse...

Belo ensaio, Bene. Acrescentaria o fato de que o projeto inicial do bolsa família previa a contrapartida de acompanhamento escolar das crianças beneficiadas pelo programa, que foi devidamente realizado pelo governo FHC e abandonado pelo governo Lula.

Um abraço e feliz 2010 para todos, com o Coelho subindo para a primeirona e quem sabe o São Paulo campeão da Libertadores!!!

Ewaldo