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terça-feira, 10 de maio de 2011

JOÃO PAULO II E BIN LADEN NA MÍDIA: QUE MUNDO NÓS QUEREMOS?

Continuei observando a cobertura de imprensa após o casamento real, a beatificação e a “morte” e pude perceber que o primeiro praticamente caiu no esquecimento, o segundo mereceu algumas poucas linhas e o terceiro recebeu ampla repercussão.

Assim, o fato que teve a maior atenção da mídia foi o mais negativo do ponto de vista humano. Afinal, o que a mídia quer com o seu trabalho?

Se o ponto de partida para descrever os três fatos fosse o que nos ensinam, certamente o resultado do ponto de vista humano e social seria diferente. Que sociedade, que mundo são projetados a partir deles?

Dos jovens princípes pouco tenho a dizer. Vamos aguardar e torcer para que eles cumpram a vocação que receberam com o compromisso necessário.

Bin Laden construiu sua história dentro de uma religião e disse fazer o que fez para ser um fiel seguidor, por isso a parcela do islamismo que tem na guerra santa um princípio importante chamou-o de santo. O que ele nos ensinou?

Eliminar os inimigos (EUA e Israel), não no campo religioso, filosófico ou ideológico, mas no sentido literal da palavra ELIMINAR. A sua visão política do mundo era de que o diálogo entre os diferentes, necessário para a democracia, deveria ser substituído pela submissão ou pela SUPRESSÃO DO DIFERENTE.

Ao valorizar a sua morte do ponto de vista jornalístico a imprensa, ainda que para mostrar os seus erros, de algum modo coloca em evidência o terrorismo e a violência. Quais são os seus resultados? Em que medida essa evidência dos fatos violentos na mídia tem a ver com o nosso mundo como está?

Já o Papa João Paulo II nos deixou um exemplo de construção de paz, de diálogo com o diferente, uma paixão pelo homem que o fez viajar pelo mundo todo para encontrar todos que pode encontrar e ser um sinal de esperança, de amor e de valorização de qualquer aspecto humano (Um pouco de sua vida).

Ao colocar em evidência a sua pessoa e a sua vida, a Igreja quiz dar ao mundo uma mensagem de amor e de atenção a todo homem sem restrições, de doação da própria vida para a construção de um mundo de paz, de diálogo fraterno entre todos os povos e homens.

Porque não colocar em evidência alguém cuja vida demonstrou o que é a paz e como alcancá-la? A que interesse a imprensa quer servir?

Para mim o que importa é valorizar aqui alguém de quem aprendi muito, porque o Papa com a sua vida cheia certeza sempre provocou e provocará a uma vida mais humana.

Termino com uma de suas frases do seu primeiro discurso como Papa e que foi o seu lema até o fim:
"Não tenhais medo! Abri, ou melhor, escancarai as portas a Cristo".

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