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terça-feira, 13 de março de 2012

QUEM É MELHOR A MULHER OU O HOMEM?

Resolvi partir dessa pergunta para falar do tema da diferença, porque  não existe democracia onde estas não sejam respeitadas. Porém, muitas  vezes  existe intolerância  com as  diferenças no ambiente social e político, como se fossem um mal em si mesmas.

Partindo do exemplo de mulheres e homens cuja diferença  é uma coisa óbvia, podemos nos perguntar isso é  um mal? Quando a diferença é um mal?

A revista VEJA de semana passada trouxe uma matéria (Veja edição 2259, O abismo ficou menor de Tatiana Gianini) sobre a grande redução das diferenças de renda ocorrida no Brasil nas últimas duas décadas, resultado "do bom e velho capitalismo". Nela a  jornalista  declara  que  o capitalismo é imbatível em termos de mobilidade social e que "um certo grau de desigualdade, no entanto, é natural e saudável, pois isso dá ao ser humano a perspectiva de uma vida melhor."

Que desigualdade é natural?

Ser rico ou ser pobre é natural?

Daí me veio o título, pois ser homem ou mulher é algo natural, é uma diferença, não necessariamente uma desigualdade. Existem diferenças naturais como o sexo, a idade e a cor, mas a desigualdade é uma outra coisa. A desigualdade entre homens e mulheres, entre crianças e adultos, entre brancos e negros não é natural e nem aceitável.

Assim, diferenças desde que não gerem desigualdades podem ser boas como entre homens e mulheres.

Como escrevi acima, em política muitas vezes as diferenças são tratadas de modo intolerante,  mas se não há espaço de respeito pela identidade do outro, seja ela qual for (ou seja se não há desigualdade), não há  uma verdadeira democracia, que como já se disse é o pior dos sistemas, mas até hoje não foi inventado nada de melhor.

Conclusões como da reportagem da revista Veja que o capitalismo  é  bom  porque  os socialismos/ comunismos  diminuiram   as  diferenças,  mas  aumentaram  em  muito  as desigualdades, não são válidas porque  no capitalismo elas também  existem.

Penso que, de modo geral,  a sociedade  progredirá  mais ainda  em  termos  de  busca  da   democracia, mas  somente  se   houver  respeito as diferenças  e  intolerância  com  as desigualdades.

RESPEITA BRASIL. RENOVA BRASIL.

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