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terça-feira, 5 de julho de 2011

PÃO DE AÇÚCAR E CARREFOUR OU ESTADO BRASILEIRO FALIDO

Esta semana o noticário repercutiu a notícia de um possível empréstimo do BNDES para o Pão de Açúcar realizar uma fusão com o Carrefour. A grande questão é porque esse empréstimo interessa? Ele poderia ser integralmente tomado  com bancos privados  e o governo  utilizá-lo em alguma prioridade ambiental que são muitas no nosso país.

A justificativa do presidente do BNDES é de que interessa ao país ter gigantes empresariais para ampliar o seu papel no cenário internacional.

INTERESSA A QUEM? Não está claro neste caso.

Porque as empresas envolvidas não buscaram empréstimo em algum banco privado? Segundo o dono do Pão de Açúcar porque a presença de um banco estatal daria maior credibilidade ao negócio.

ESSE É O CAPITALISMO BRASILEIRO IRMÃO GÊMEO DO ESTADO BRASILEIRO!

Digo isso porque o PT sempre disse que o estado brasileiro existe para defesa dos poderosos e que nunca antes nesse país isso foi tão diferente ou seja o "estado" petista defende o povo. Nunca neste país isso foi tão mentiroso. Se existem razões macroeconômicas para que isso justifique a ação do BNDES, fica a pergunta: a quem interessa?

Quem fará essa pergunta e exigirá uma resposta? Deveria ser o espaço do estado democrático responsável por nos representar: O LEGISLATIVO. 

Frequentemente o legislativo  é enfraquecido por ações do executivo e do judiciário. Muitas vezes a relação entre executivo e legislativo é de mando, o primeiro manda e o segundo executa. Entre o legislativo e o judiciário, o segundo legisla no lugar do primeiro por causa da falta de competência deste. O NOSSO LEGISLATIVO É MUITO FRACO!

De onde vem essa deboleza? São dois os fatores na minha opinião: em primeiro lugar essa relação assimétrica entre os três poderes, parece que o executivo acha que o Brasil poderia ser um estado de dois poderes. Em segundo lugar a fraqueza política de uma grande parte do legislativo.

Quem nos defenderá num estado assim? Deveria ser o legislativo, porque o executivo sempre será a representação de uma maioria e o judiciário para ser imparcial, por dever de função, tem de estar fora da pressão dos grupos. Não quero discutir aqui que estamos, em qualquer lugar, muito longe dessa filosofia política da democracia, mas de verdade o estado brasileiro é muito pouco democrático.

Se quem faz política não tiver clareza sobre isso estando ou não no poder, qual seja ele, uma situação como o caso da fusão dos supermercados será resolvida única e exclusivamente pela lógica do poder econômico, GRANA MESMO.

Deste modo mais uma vez a sociedade ficará indefesa assistindo o jogo dos poderosos que quase sempre acaba em corrupção. QUEM NOS DEFENDERÁ?

Somente nós mesmos podemos fazer isso. O povo é a grande mola propulsora da democracia, um povo ativo e participante. Aqui se coloca a questão da democracia direta que é defendida por muitos, o próprio povo legisla e fiscaliza diretamente. Os partidos seriam, assim, desnecessários.

Eu não estou de acordo com isso e penso que você que me lê também não deveria estar.

Essa é uma falsa solução que normalmente resulta em autoritarismo.

A nossa participação política  precisa ser  fortalecer as instâncias democráticas, principalmente o legislativo por ser o espaço onde todos os grupos podem fazer-se representados. É vital defender o legislativo para que a ação do executivo e do judiciário se dê de modo mais equilibrado. É NOSSO INTERESSE!

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