POLÍTICA E CULTURA
Semana passada falei sobre como as questões envolvendo a juventude em termos de violência física ou psicológica contra outros jovens tem uma base cultural. Está vinculada a uma cultura onde tudo é relativo, até o ponto que a própria pessoa e sua vida também. Escrevi também que isto envolve uma ação deseducativa dos adultos, que através de seus atos vem ensinando aos nossos jovens essa mentalidade intolerante e racista. Dentro disso situei a o ENEM como um exemplo político de descaso e que faz parte deste descaso com a vida do outro.
No dia seguinte descobri no Twitter que dia 16 de novembro é o Dia Mundial da Tolerância e dois dias depois o Dia Mundial da Filosofia. Essa duas datas me levaram a reflexão que agora compartilho com você.
Será que o problema dos nossos jovens é de tolerância????
Para mim tolerância é suportar o outro, aguentar a sua companhia, enfim não leva a outra coisa que não seja um descaso com o outro.
Nós precisamos é de amor, de dar de si ao outro. Sem amor no mundo não é possível convivência humana.
Filosofar é olhar para o mundo buscando nele sentido para aquilo que acontece, é buscar a verdade que está por trás de cada coisa que acontece. Se olharmos para cada um de nós, teremos a confirmação disso, pois o que queremos é ser amados e não sermos tolerados, que a nossa pessoa seja considerada por inteiro com virtude e defeitos.
Participei no dia 06 de novembro da Campanha Coleta Nacional de Alimentos, cujo principal objetivo é a compartilha da vida compartilhando as necessidades concretas de irmãos nossos que são benefíciados pelo resultados da campanha.
Neste domingo aqui em Belo Horizonte fizemos um encontro com todos que participaram da campanha e na fala de todos, além do valor educativo do gesto, ficou claro como doar um pouco do nosso tempo procurando provocar outros a dar de si no gesto de compra de alimentos, leva a demonstrar aquilo que Padre Giussani, fundador do Movimento Eclesial Comunhão e Libertação me ensinou de que a lei da vida é o Dom de Si. Nós fomos feitos para sermos entrega de tudo o que recebemos contruindo em volta de nós um mundo melhor, mais humano e justo.
Por isso nós do GPC consideramos que somente uma atitude de amor em cada atividade humana é possibilidade de que o resultado seja o completo acolhimento das necessidades de quem vive ao nosso lado.
O problema do ENEM ou de qualquer projeto do governo é Amor, não Tolerância, o bem do outro colocado acima de qualquer benefício que possa me trazer ou aos meus amigos.
Se você pensa como nós venha participar conosco dessa construção nos contatando através do meu email,
Mais amor na vida é verdadeira filosofia.
A proposta deste Blog é debater e propor soluções para a realidade social e política. Na nossa visão a política deve ter como referência a pessoa, e assim, a sociedade frente ao estado, favorecer o tecido social criado por relacionamentos dinâmicos de movimentos e associações. Uma ação política voltada para o bem comum é fruto de uma ordem democrática baseada nos princípios da justiça social, da solidariedade e subsidariedade.
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Um comentário:
Olá,
Gostaria de parabenizá-lo pelo espaço de debates!
Já que se enveredou neste caminho, não sei se está sabendo da última: jovens oriundos do Prouni têm sido discriminados por colegas que "pagam mensalidades" nas boas universidades privadas...
Nesse rítmo de acontecimentos, a discussão aqui está longe de acabar e esse blog vai "bombar".
Entretanto, gostaria de registrar que fiz as últimas provas do ENEM e não as considerei desrespeitosas. Intuí a possibilidadede de haver algum tipo de desorganização em função dos aplicadores. Minha experiência de aplicador do vestibular da ufmg me indicava que tal procedimento, em escala nacional, poderia ser falho em algum momento. Considerei, entretanto, que simples explicações, como as que foram dadas pelos aplicadores da minha sala, poderiam resolver o problema.
Soube posteriormente que experiências semelhantes ao ENEM ocorrem em outros países, e igualmente não livres de problemas.
Portanto, diante dos diversos acontecimentos relatados fiquei com a sensação de que as pessoas não querem assumir as suas responsabilidades diante do trabalho, das políticas, da vida enfim.
Ações concretas em busca de equidade devem ocorrer e, certamente não estamos preparados para a inclusão, haja vista todos esses acontecimentos discutidos aqui.
Contudo, o choque com a realidade é muito educativo...
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