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terça-feira, 9 de agosto de 2011

SAÚDE E A HUMANIZAÇÃO DA VIDA: QUAL O CAMINHO?

Como dia 05 de agosto é o Dia Nacional da Saúde resolvi partir disso para dar continuidade a reflexão que venho fazendo no blog sobre a pessoa e sua necessidade humana. Parti na última postagem da morte da Amy Winehouse e do atentado terrorista na Noruega para falar da fome de humanidade que está presente na nossa sociedade. 

Depois fiz uma conexão dessa com a fome física, que se apresenta hoje aos nossos olhos na sua face mais aparente e intensa na África, assim a falta de humanidade de uns leva a fome de outros!

Não dá para pensar em nada mais vinculado com o tema da saúde.

Procurei no site do Minstério da Saúde e não foi proposto nenhum tema para este dia. Então eu proponho o meu:
- Dia Nacional da Saúde 2011: felicidade para todos.

De que nos adianta a saúde se não fomos felizes?

De que adianta para nós profissionais da saúde o nosso trabalho se não for para sermos felizes?

Como posso ser completamente feliz enquanto existem tantas Amys morrendo de drogas e não terão a sua necessidade de felicidade respondida?

Como posso ser completamente feliz com a existência da fome no mundo, estampada de forma tão escancancarada  nesta foto de crianças da Somália num hospital na capital do país (veja fotos)? Foram até aquele dia 29000 crianças mortas por fome? Que humanidade existe num mundo assim?

Nós profissionais de saúde e qualquer pessoa interessada no tema como um fato social ou pessoal temos de nos confrontar com o tema da humanização.

Se a fome física/a doença e a fome de humanidade não forem igualmente respondidas como poderemos considerar que existe saúde?

Mas qual o caminho devemos trilhar para chegar lá? Como humanizar pessoas? É possível?

O editorial da Revista Passos nº 129 do mês de Agosto(veja) coloca este mesmo tema e uma proposta: "quem fala do amor pelo homem, dessa paixão pela humanidade, desse olhar que se comove com a humanidade do outro? Isso é uma coisa urgente e ninguém fala disso. Todos falam de liberdade, mas ninguém é livre, todos falam de humanidade, mas ninguém é humano".
Isto torna urgente a necessidade de "um caminho pessoal", "real". É necessário nunca parar de caminhar "de ser cada vez mais certos", de aceitar o desafio de caminhar um caminho que é pessoal "e ao mesmo tempo histórico, porque é propriamente impossível não perceber que é falta de certezas que faz o homem - o mundo - de hoje ser confuso e cético. Incidir aí, tornar certo o nosso eu, é ajudar o mundo".

Buscar humanizar a saúde, o nosso ambiente de trabalho, começa em primeiro lugar em nós e isto já é um fato histórico de grande significado.

O mesmo vale para a política que, ainda mais que a saúde, necessita ser humanizada. As Amys, as crianças da Somália (que também estão no Brasil), os jovens da Noruega ou de Realengo contam com isso.

Vamos iniciar esse caminho que não pode ser feito sózinhos. Pela humanização da saúde, pela humanização da política vamos caminhar.

Um comentário:

VIRGINIA BUENO disse...

O nosso país necesita de homens iguais a este: série,humano,preocupado com a felicidade do ser humano e sua realização pessoal.Parabens à atitude corajosa em expor o caos humano em que se encontra a saúde nomundo contemporaneo.
continue a trilhar este caminho da verdade, da sobriedade e sensatez.
grata pelas palavras
virginia bueno