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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

JOVENS RACISTAS E INTOLERANTES E ENEM 2010

CULTURA E POLÍTICA

Esta semana ocorreram três fatos que podem ser vistos isoladamente, mas que na minha opinião estão correlacionados:
1) Estudantes da UNESP que promoveram uma "brincadeira" chamada de rodeio das gordas com suas colegas obesas (Revista época da semana passada).
2) Estudantes de Direito de São Paulo que "twitaram" mensagens "contra" os nordestinos pela vitória maciça da Dilma no Nordeste.

O terceiro fato que parece não ser correlacionado em nada é o novo vexame do ENEM 2010.

Nos dois primeiros casos trata-se de evidente ato de desrespeito por semelhantes e cuja ocorrência não pode não ocasionar no mínimo asco, nojo, raiva, indignação e tantas outros sentimentos que fatos como estes nos ocasionam. Qualquer um de nós em maior ou menor modo já foi desrespeitado por alguém e sabe bem dimensionar para si o significado de algo deste tipo.

A pergunta que me vem imediatamente é quem são esses jovens. Aparecem nesse momento uma série de explicações lógicas, mas que na minha opinião não chegam ao fundo da questão.


AQUI ENTRA O AINDA NÃO RESOLVIDO FRACASSO DO ENEM 2010.
Podemos analisar sobre qualquer aspecto, mas trata-se de evidente desleixo dos responsáveis e desrespeito pelos anseios e aspirações de milhares de jovens que esperam encontrar caminhos para o seu desenvolvimento intelectual e humano.
Sabe-se lá quantas horas de estudo e dedicação, que o descuido de alguém pode levar a ser perdidos. Pensem que qualquer solução que seja dada não impedirá que alguém possa ser prejudicado. E se um único jovem for impossibilitado por motivo de doença de realizar um novo ENEM. Afinal de contas é só mais um.

Quanto vale a vida, o esforço o anseio de alguém, ainda mais de um jovem. Não é possível medir.

Mas o que tem a ver racismo e intolerância/desrepeito de jovens com desrespeito com jovens. Penso que seja um sinal de qual é o problema e a raiz de qualquer racismo, intolerância, desrespeito.

Podemos compreender por um ensinamento que Jesus nos deu: amar o seu próximo como a si mesmo. A minha identidade, o que sou é o critério para julgar os meus atos. Evidente que essa identidade é forjada no amor, como Ele nos falou. Amor que é respeito pelo diferente, que é dar de mim ao diferente, que é colocar o problema dele ao lado do meu como minha prioridade. Seja um ou mil ou milhões.

O desrespeito do ENEM é só um sinal de como a política, os responsáveis pela sociedade, os governantes tem tratatado especialmente os jovens. Pensemos nos milhares de jovens morrendo agora por causa do tráfico, da pobreza, da falta de horizontes.

QUAL A RESPOSTA? PARA NÓS DO GPC A EDUCAÇÃO A CARIDADE.

Em primeiro lugar o problema que enfrentamos é um desafio educativo, não porque usamos do exemplo do ENEM, ou porque tratam-se de jovens universitários, também por isso, claro, mas porque esses jovens estão sendo "educados por nós adultos responsáveis pela sociedade, governantes ou pais a essa intolerância e derespeito.

Porque educação à caridade. porque é educação ao amor, a uma humanidade verdadeira e capaz de dar de si mesmo ao diferente de respeitá-lo mesmo assim, não só porque quero ser respeitado assim, mas porque a felicidade dele tem a ver com a minha.

PENSEMOS O REFLEXO NÃO SÓ NO ÂMBITO INDIVIDUAL, MAS TAMBÉM NO COLETIVO, NA POLÍTICA.

UMA EDUCAÇÃO PARA A CARIDADE É UMA VERDADEIRA EDUCAÇÃO NA POLÍTICA PORQUE A POLÍTICA VERDADEIRA É SERVIÇO.

Essa educação deve acontecer no concreto, nos gestos como a Coleta de Alimentos que fizemos no dia 06 de novembro passado, e foi uma experiência para mim e muitas outras pessoas, inclusive muitos jovens, de que fazer o bem faz bem, de que de verdade a caridade é a forma mais humana de vivermos os relacionamentos, seja em casa, na escola ou na política.

SE VOCÊ PENSA COMO A GENTE ESCREVA, CRITIQUE, SUGIRA

Um comentário:

Unknown disse...

Muito bom!
Acho que um problema grave também é a falta de identidade dos jovens. Com as famílias fragmentadas, uma escola que só ensina o "decodereba" e os professores desmotivados e desinteressados, os jovens encontram referenciais em ambientes hostis que vivem a intolerância como defesa.

Como pais, professores e educadores temos o dever de reforçar bons valores e referenciais para estes jovens.

Forte abraço

Renato